aproveitando a segunda chance

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domingo, setembro 18, 2005


Da dúvida e possível vergonha à emoção e sentimento de vitória


Sexta agora, como todos que leram meu blog sabem, foi o dia seguinte de um fatídico dia, onde tive notícias péssimas. Nesse dia seguinte acordei um pouquinho melhor... não muita coisa, mas ao menos passei a acreditar que todo esse problema foi devido à uma declaraçao bastante infeliz do doutor, que não teve o minimo de tato pra tratar com um paciente que, mesmo q esteja aguentando o tranco legal, não é tão super-homem a ponto de aguentar tal diagnóstico. Passei a acreditar que apesar de expert em microcirurgia, o doutor não deu o minimo interesse aos toques de psicologia medico-paciente onde eles aprendem a dar noticias desanimadoras aos pacientes... E pensando também por outro prisma, podemos também passar a pensar que o doutor é daqueles que em vez de dizer q algo tem 50% de chances de dar certo, prefere dizer que a mesma coisa tem 50% de chances de dar errado. Triste viver sob essa ótica, né?
Com a ajuda dos meus amigos (sempre eles) acabei me convencendo de que por já ter conseguido superar grandes dificuldades como ter sobrevivido ao acidente e ter conseguido manter a perna esquerda viva até agora eu tenho boa chance de superar mais esse caminho incerto. As coisas conspiram ao meu favor, pois além de jovem eu tenho uma compleição física boa (em outras palavras, eu sou forte e tenho o metabolismo legal ). Por isso, mais uma vez me enxergo como um cara capaz de superar ainda mais isso... Nada que cruzou meu caminho até agora foi facil, mas assim mesmo não houve coisa que eu não conseguisse superar, né?
Voltando ao que eu ia dizer sobre sexta-feira, inesperadamente recebo um telefonema de um amigo de longa data que não nos falavámos há algumas semanas: era o Daniel Zamith me informando do show da banda dele com Eduardo e cia.ltda. ( conhecida como Fanfarra Paradiso) aqui na Baratos da Ribeiro. Pra quem não sabe, a Baratos é um sebo que fica há duas quadras daqui q todo sábado tem uns showzinhos bem legais e de graça.Estrategicamente, num raio de 15 metros tem pelomenos 3 botecos de alta rotatividade ...
O convite de fato foi meio inesperado, pois mesmo eu já tendo uma certa idéia desse show eu não havia me pihado, porém o Zamith falou que no show iriam muitos amigos nossos que queriam me ver e tal, seria uma boa oportunidade deles me verem... Nesse momento eu fiquei batante hesitante: como que eu encararia reaparecer em públcio diante de uma galera que nunca mais tinha visto? Além daquelas pessoas anônimas, mas que sempre frequentam os mesmos lugares que eu, que sempre me viram de pé, andando na boa, como mais um... Foi muito difícil decidir... pedi opinião de umas tres pessoas. O problema foi “como eu me encararia com aquelas pessoas nem tão estranhas assim me olhando?”. Seria eu visto como mais um coitaidnho que precisa de atenção extra ou coisa assim? Foi criado o dilema.
Na manhâ seguinte, ainda mais recuperado do susto de quinta, voltou a minha auto estima a subir, e baseado nisso pensei na alegria que seria eu ver grandes amigos de muitos anos atras... pessoas com quem eu passei ótimos momentos da minha adolescência, histórias únicas de um tempo que não volta. É...de fato era muita gente amada por mim, eu não poderia perder essa oportunidade, já que outra chance de um meeting desse tipo acontecer assim tão perto de minha casa era praticamente improvável. Mesmo com alguns receios resolvi encarar as ruas e também a mim mesmo. Eu sou ou não sou o bom e velho Antonio de antes???
=)

O show estava marcado pra umas seis, seis e meia, portanto estava combinado de me ligarem umas três ou quatro da tarde pra confirmarem e mais tarde me buscarem. Acabou que ninguém me ligou até umas seis e meia e baseado nisso até dei uma desanimada, achando que se esqueceram de mim e tal... e com isso acabou até que fiquei mais com vontade de dormir do que de sair mesmo... Eram quase sete horas e do nada minha tia avisa que tinha uns amigos que interfonaram e estavam subindo... PUTZ! O mundo pode ter mudado, eu posso ter mudado, mas esses putos não mudam nunca! Além de atrasados, ainda chegam na minha casa sem avisar, costume que pouco aprecio, mas enfim, esses são os meus amigos de quase 10 anos, eles têm essa moral... Porém devido ao mal costume deles eu não estava nem um pouco, preparado e por isso lá se foram mais meia hora pra eu me arrumar e tal, depois de tudo pronto, descemos e, já que essa galera não muda, resoveram parar pra tomar uma meia garrafa de cerveja que o Bernardo Costa tinha de crédito no boteco aqui em baixo, e no embalo ainda ficaram vendo uns lances do jogo do Flamengo... com isso acabou que o principal perdemos: chegamos no Baratos e o show tinha acabado de terminar... pqp... tudo isso por culpa do Flamengo e da meia cerveja do Bernardo...
A chegada lá na area do Baratos foi trinfal! Fui recebido pelos meus amigos de longa data do Colégio Pedro II , CEAT (pra quem não conhece, dois colegios tradiconais daqui do Rio) e dos amigos que fuiu fazneod ao longo do caminho. Gente que eu não via há uns 2, 4 anos até... falei com amigos que só encontrava por aí pela noite, uns até que nem sabiam do que tinha me ococrrido, mas a real era que apesar da condiçao que eu me encontrava, posso dizer q minha postura era de vencedor, meu sorriso não disfarçava a felicidade de estar de volta ao convívio de amigos tão estimados. Minha alegria superava qualquer sinal de tristeza que um desavisado ou outro deixasse tranparecer no semblante. Com isso, sempre dizia a eles coisas como “ ...eu consegui sobreviver, vê como isso é foda? tô podendo voltar a curtir com vocês...”, pra mim esse foi o principal argumento da minha alegria. Niguém me via como coitado, até porque eu mesmo não deixava. Minha alegria que transparecia fácil pelo meu sorriso no rosto que sempre denunciava que, apesar de eu estar numa cadeira de rodas, estava curtindo o tanto quanto ou até mais do que muita gente que estava lá.

A vitória está em coisas pequenas, como você estar feliz perto dos amigos.

O saldo? Vi umas 23 pessoas que muito provavelmente nao teria a chance de ver juntas tão cedo.
O entusiasmo de algumas pessoas ao me ver, como L@ra, foi uma das coisas que mais me fizeram sentir o real gosto da vitória. Ela nem sabia que eu ia pra lá, me encontrou do nada e, segundo ela, ainda estou forte e gato. Não havia coisa melhor pra um vaidoso como eu ouvir numa noite tão especial.
Além disso ainda encontrei do nada meu vizinho do quinto andar ( que se tornou um grande camarada) Rafael Adorjan e minha louca amiga Eliza Schinner. À essas horas eu já havia expirado há muito tempo o período de 1 hora q havia me permitido de estar por lá, já eram umas 10 da noite e eu estava tão à vontade que se dependesse da Eliza eu ainda passaria o resto da noite tomando uns goró com ela e uns amigos dela, e realmente estava um clima muito do agradável...
Saí de lá tempos depois com a escolta de 5 amigos e de alma lavada. Nunca pude esperar que uma coisa que eu estava até com medo de fazer me faria tão bem.

Como diz a música eternizada na voz da Elis,

“Vivendo e aprendendo a jogar
Nem sempre ganhando
Nem sempre perdendo
mas, aprendendo a jogar”


...e assim vou levando a vida, nada como o tempo e os amigos pra curar todas as dores.
 

Postado por Antonio Bordallo às 10:46 AM

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