aproveitando a segunda chance

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sexta-feira, julho 31, 2009


Eu quero ganhar a rua!


Começando hoje mais uma sessão de passeio pela minha casa, minha mãe me perguntou porque eu não usava o andador, e eu lhe respondi bem taxativo que isso significaria dar 3 passos atrás no meu caminho evolutivo, já que a escala ascendente da minha reabilitação é : "Cadeira de rodas >> Andador >> 2 muletas e prótese >> 1 muleta e prótese e somente prótese". Tá bem que ainda ando bem inseguro no topo desse estágio evolutivo, mas já que eu tô justamente numa fase onde a graça é testar, experimentar funções novas, não descartei "brincar" com o andador.

Sem dúvida andar com o tal auxílio, no estado que me encontro, me deu uma segurança ímpar, tanto que pude até andar levemente rápido e relaxar um tanto na parte do equilíbrio, que de fato é o que mais anda me estressando quando ando. Porém, andar somente em casa com o andador me pareceu fácil demais, com esse brinquedinho me deu vontade era de pegar o elevador e ganhar a rua! Tá bem que sou ousado mas não sou maluco, e esse andar na rua seria somente dar simples voltas no quarteirão, sem atravessar a rua, cauteloso tal como uma mãe permitindo seu filho andar na rua sozinho...

Ainda não cometi tal híbrido de insanidade e liberdade porque eu quero antes de tudo a cumplicadade de algum profissional da àrea, seja a fisiatra do HTO ou alguma fisioterapeuta da ABBR. Só por causa disso que não vou dar voltas no quarteirão, perambulando tal qual aquelas velhinhas bem frágeis que usam o mesmo artifício, e evitando no caso ceder às tentações de parar e sentar num dos 3 botecos que encontro só desse lado da quadra...

;-)

 

Postado por Antonio Bordallo às 7:14 PM

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quinta-feira, julho 30, 2009


Tirando uma marola



Já que ontem nem tive tempo de andar com a prótese, me prometi que hoje vai ser rodada dupla. Acoplei a prótese e - SEM AS MULETAS - dei meu passeio aqui pela casa. Ainda recorro às paredes que permeiam meu caminho, que são um ótimo back-up, a bem da verdade, e assim segui meu caminho, dessa vez dando uma esticada até o quarto de empregada, onde minha mãe montou seu atelier, com maquina de costura e tal. Foi uma otima supresa pra ela a minha visita,hehe...Ainda mais quando informei à ela quel ao ver minha nota do trabalho final da faculdade, descobri que tirei um DEZ!
Na saida então, resolvi ousar um pouquinho mais. Ja q tava com sede, decidi pegar uma garrafa d'água e conduzi-la até meu quarto. Mal ou bem era um puta desafio pra mim, já que assim eu já fico coprometendo uma das mãos na hora de me equilibrar... mas até que cheguei no meu quarto sem problemas. Tá, posso não ter tirado uma onda, mas pelo menos uma marolinha eu sei que tirei.

Tomei gosto pela coisa, e lá foi eu mais uma vez inventar moda. Dessa vez então, peguei a máquina fotográfica e fui pra sala tirar algum egoshot, testemunhando o dia. No inicio até que fui bem, mas ao me encostar perto do sofá , perdi o equilibrio e simplesmente CAI PRA TRAS! A grande sorte e graça disso tudo foi que atrás era justamente o sofá e então foi meio como se eu tivesse me jogando pra trás nele, de pernas pro ar... Ninguém testemunhou, mas posso dizer que foi engraçado,hehe....

Tirei lá alguma fotinho e então lembrei que queria ligar pra uma amiga e o telefone tava lá no quarto de empregada. Lá foi eu de novo lá, pegar o telefone e agora com mais medo de deixar cair, pois a queda poderia representar um bom dum prejuizo. Mas deu tudo certo, apesar de outra desequilibrada perto do sofá que me apoiei nele antes de ficar de joelhos, e agora e eu tô aqui , no "Show do intervalo", pois daqui a pouco, volto pra segunda rodada de passeio aqui em casa.

É, até que eu tô curtindo sim....
=)


PS: a tal foto tirada:
 

Postado por Antonio Bordallo às 4:40 PM

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terça-feira, julho 28, 2009


mais um passo, agora na versão 2.0



Os que me conhecem bem sabem que não curto muito rotina, e quando alguma tarefa já começa a se tornar maçante eu já trato de dar um jeito de dar uma variada em algo, ver se posso fazer algo diferente, ousar um pouco , com sempre gosto de fazer.

Bem, já passadas quase 2 semanas que passei a dar esses passos em casa com a prótese, tenho mais um novidade. Hoje quando coloquei a protese, ia logo recorrer à muleta, quando pensei:"porque não tentar SEM muleta?". Pois bem, tentei... e CON-SE-GUI!

Tá, ainda não é uma maravilha, mas posso dizer que dei duas voltas aqui no meu "circuito de casa" e não cai! Cruzei a sala, passei no banheiro, escovei os dentes sem me apoiar em nada...e até fiz um "pit stop" no sofá aqui da sala, quando fiquei alguns minutos conversando e vendo TV com a minha mãe. De fato eu quase caí umas 3 ou 4 vezes, me encostei na parede algumas muitas vezes quando necessário também.... andar assim "livre" ainda dá uma certa insegurança, mas não fui ao chão. Andar ainda cansa um pouquinho, ainda mais no quadril que fica bem curvado pra trás, mas consegui ficar parado algumas vezes, e até tirar foto em pé com minha mãe...


[foto tirada agora há pouco, comigo em pé e tirando a foto sem me apoiar em nada!]

O interessante de tudo isso foi o meu raciocínio pra ousar isso. Eu simplesmente tava com saudade de como se anda normalmente. Eu pensei: se uma pessoa com duas pernas não precisa dar impulso com uma muleta a cada passo que dá, porque eu - que não tô com a perna forte ainda, mas ela já tem os reflexos um pouquinho melhor - não tento isso?". Fiquei pensando, "como que as pessoas fazem pra andar mesmo? " Simplesmente tnão me lembrava, e fiquei com saudade de praticar!

Minha marcha ainda tá aquela coisa tipo um Capitão Gancho robotizado e inseguro, mas to tendo meus avanços sim. Engraçado também que agora eu estou entendendo mais ou menos como se sentem aqueles idosos que andam na rua inseguros, com certo medo de cair... o ponto de equilíbro se torna BASTANTE instável...

Bem, se tem uma coisa que eu fico bastante grato por Deus ter preservado comigo depois de terem tirado tanta coisa de mim, foi a capacidade de OUSAR. Que surjam mais oportunidades assim!




 

Postado por Antonio Bordallo às 6:42 PM

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UPDATE DO POST ANTERIOR


Acabou que no dia seguinte minha mãe pegou minha cadeira, subiu a r.Siqueira Campos e acabou encontrando algéum que fizesse a solda da estrutura. Deixou lá com ele cedinho e lá prumas 5 da tarde apareceu o moço aqui com a cadeira soldada e reforçada no local. A mera solda me custaram doloridos 80 Reais em cash, mas podia ser pior, né?

Agora é rezar pra que esse remendo não se rompa numa situação completamente desfavoravel...
 

Postado por Antonio Bordallo às 6:39 PM

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quarta-feira, julho 22, 2009


Sabotagem que estimula, mas dá um prejuízo...


Depois de uns quase 3 anos, minha cadeira de rodas dá sinais de que não aguenta mais o tranco. Uns vão dizer que é porque estou gordo, mas prefiro acreditar que, sem contar com os anos de uso, essa cadeira tambem não aguenta muito os lugares que vou e as façanhas que tenho que realizar pra chegar nesses lugares.
Quase que mensalmente eu tenho que ir numa loja de cadeira de rodas pra substituir uma peça ou outra, só que só nos ultimos 20 dias passei 2 vezes na tal loja e gastei mais de 100 Reais nessa brincadeira.

O cúmulo do mico foi há uns 15 dias, quando após uma prosaica água de coco com uma amiga num quiosque daqui da praia eu voltei pra casa somente com 3 rodas, porque uma caiu na em plena rua, e uma dessas 3 rodas com o pneu furado... Vale ressaltar que no caminho pro quiosque a roda da frente caiu quando eu tava em pelno movimento e no asfalto... a queda foi inevitável e o mico nem se fala...

Pra não ver isso tudo de forma 100% negativa, a amiga que tava comigo na hora do mico me deu um toque bastante de sensato. Ela disse que de repente esses problemas acumulados estejam meio que servindo de sinais pra mim, indicando que já tá na hora mesmo de abandonar a cadeira como meio principal de locomoção e começar a adotar o uso da prótese mesmo. Essa realidade me veio pesada como um tapa, mas reconheço que foi um estímulo que veio na hora certa. Cá estou eu escrevendo essas linhas novamente com a protese acoplada depois de um passeio basico pela casa. Pode ser ainda pouco, mas sinto que pelo menos agora estou fazendo a minha parte e com mais boa vontade que antes.

A parte complicada dessa situação toda é que , além dos problemas já compartilhados com vocês, agorinha há noite, há menos de 2 horas, meus problemas com a cadeira de rodas se tornaram ainda mais graves, já que dessa vez o que se rompeu foi um dos tubos de aluminio que fazem parte do quadro, da estrutura da cadeira de rodas, e com isso, andar na rua toda irregular pode se tornar uma operação de altíssimo risco. A cadeira pode simplesmente se desmanchar no meio da rua...

Essa situação sim me deixou meio deprimido... tá bem que eu tô precisando de estímulos pra abandonar a cadeira de rodas e andar por aí com protese, mas eu ainda não posso renegá-la por completo, pois eu preciso me locomover com ela,né? Esse mega-abacaxi que caiu na minha mão eu ainda nem sei como vou conseguir resolver. Espero que haja algum lugar que solde de forma rápida e barata aqui por Copacabana [que minha mãe que vai ter que achar, já que é muito arriscado eu andar por aí com a cadeira assim,né?], porque do contrário só vai me restar comprar uma cadeira de rodas nova, facada essa que vai me doer pelo menos uns 1.200 Reais. Pqp, eu acho que não mereço um castigo desses em pleno momento que tô tentando estabilizar maus gastos que já foram enormes pra concluir a faculdade....
=(
 

Postado por Antonio Bordallo às 6:19 PM

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sexta-feira, julho 17, 2009


um tombo,dois desequllibrios e muita descoberta


Já que ontem não tive nem tempo de andar com a prótese, devido à tanta correria aqui pra resolver pendências que estavam há meses na p fila de espera, resolvi hoje fazr uma jornada dupla, e assim então dei três passeios pela casa, agora um pouquinho mais habituado a essa rotina q eu tenho que adotar na minha vida.

Quando saí do banheiro, onde escovei os deintes mais uma vez sem nem segurar na muleta, passei pelo corredor e quase chegando na sala....CATAPUM!

Perco o equilíbrio e caio todo sem jeito pra frente. Não me feri não,mas o susto foi grande (ainda maior o da minha mãe) e pra me levantar, tive q me escorar na estante da TV. É um tanto duro pensar que, uma coisa assim tão desgradável como tomar tombos eu precisarei me acostumar porque, mesmo quando já estiver bem craque com a prótese, essas coisas acontecem quando menos se espera...

Continuei minha jornada e então entrei na cozinha. Foi pra lá de especial esse momento porque, assim como quando entrei no banheiro, este pareceu também a primeira vez que entrava lá. Consegui enxergar o microondas que eu tinha comprado há muito tempo mesmo, e há pelo menos 4 anos não o via na mesma altura, já que ele fica em cima da geladeira, e o coitadinho parou até de funcionar , já que minha mãe não curte e nem sabe operar o pobre...
Observei com detalhe as estantes onde minha mãe guarda os objetos de vidro, que eu enxergava tal qual uma criança, inclinando o mais pra trás possível a cabeça pr apoder enxergar o que tinha lá... foi como conhecer algo que sempr e esteve na minha frente, mas que via de um só ângulo, assim como um dia a Lua resolvesse girar 180 graus e mostrar o lado que ela sempre esconde da gente...

Uma vez na cozinha, porque não ir na pia? Chão de cozinha bate uma certa aflçição quando entro, porque já não bastasse a probabilidade de respingos no chão ao redor da pia, ainda inventaram de revesti-lo de azulejo,pqp... Algo me diz que ainda vou tomar muito estabaco nesse setor da casa... Salvo essa premoniçao, arriquei ficar em frente a pia é "brincar " que estava lavando a louça. Para desempenhar tal função eu tinha q me livrar da muleta, e até que me virei legal, apesar de alguma insegurança. Ruim foi na hora de sair, onde tive que pedir pr aminha mãe vir da sala pr ame pegar a muleta que, caída no chão, eu sabia que se eu pegasse eu não conseguiria subir de volta...

De volta à sala, ecidi fazer algo que nunca tinha feito nessa casa: "brincar " de olhar pelo "olho mágico" e abrir a porta. Estranho, eu nunca fiz isso na miniha propria casa! Tive que antes abrir a porta e balançar a muleta lá fora pro detector de presença ligar a luz e então eu poder enxergar alguma coisa pelo furo na porta. Com as luzes acesas, corri pra dentro de casa, fechei a porta, e olhei, até com certa ansiedade, por aquele "olho mágico", que me mostrou o que eu smepre via, só que de um modo e um ângulo inédito. Nossa, o corredor visto desse buraquinho com lente convexa é difereeeente... Tá, pareceu idiota,mas fiquei olhando o corredor por aquele buraquinho por mais de um minuto, observando todos detalhes que, se eu quisesse , era só pegar a cadeira, me aproxima e mesmo tocar... mas não seria a mesma coisa.

Por fim paguei pra ver como que eu me viraria pra me sentar na cadeira que fica na sala. Até que pra sentar-me não foi assim tão complicado, mas prame levantar de novo... Na primeira tentativa, com a mesma força que eu tinha subido eu desci de medo por cuasa do desequilíbri que senti. Tive que parar pra estudar uma forma mais segura de me levantar sem perder o equilibrio, e assim então, deixei minha perna e muletas levemente inclinadas pra fora (meio que formando um "A"), e então me levantei com mais segurança.

Cruzei a sala de novo e ao chegar no meu quarto, tentei me sentar de novo,mas dessa vez na minha cadeira de rodas mesmo, o que tem um agravante bem grande que são as quadro rodas: se ao me sentar num banco éo atrito deste com o chão que me dá apoio, numa cadeira de rodas é justamente a existência deste que faz sentir aqueles rapazes de Santa Tereza que pegam o bonde já andando (coisa que até eu mesmo fazia quando mais novo...). A primeira tentativa e... OPS! Lá foi eu me desmontar todo, caindo pra frente e me agarrando à cadeira pra ir dierto ao chão. Depois dessa jornada, mesmo sendo uma noite fresca, acabei suado e bufante. Dar os primeiros passos com a prótese não é facil não.

Já que a perseverança é uma qualidade que eu tenho que preservar hoje em dia, tentei pô-la em prática nesse momento, pois enquanto escrevo esse post, a prótese continua acoplada aqui na minha perna, justamente pra eu, apesar dos eventuais incômodos, me acostumar com a presença dela, enxergando assim que esse "remédio amargo" é, pricipalmente, a chave pr a minha liberdade.

 

Postado por Antonio Bordallo às 8:01 PM

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quarta-feira, julho 15, 2009


+ tempo, + objetivos, + realizações



Depois da entrega do meu trabalho final da conclusão de curso, apresentei na 3a feira agora, dia 14, o mesmo trabalho, só que juntamente com a peça-conceito confeccionada e para a banca avaliadora, os alunos e convidados. O resultado não podia ser melhor, já que foi super elogiado e na sexta-feira agora vou ver as notas que recebi... A apresentação dos slides, vocês que não foram, podem conferir abaixo:

Antonio Bordallo's Fashion Design Graduation Men's Collection

Uma vez que a grande missão de concluir uma graduação antes dos 30 já foi cumprida, vieram à tona outras duas , igualmente redentoras para minha vida:

1) Ser economicamente produtivo (isto é, trabalhar e fazer meu pé-de-meia) e

2) VOLTAR A ANDAR

Já que a primera missão ainda não depende tanto de mim, já tô me mobilizando para cuidar da segunda.

Hoje, após um dia de tantas tarefas pendentes ao longo de vários meses por ter priorizado a faculdade ( psicólogo, dentista, etc...), estava eu naturalmente cansado e prostrado na minha cama pra recuperar as energias, quando uma amiga próxima me manda um torpedo pra saber se eu já tinha visto a "nossa amiga" hoje. Ela mesmo tinha convencionado de chamar minha prótese de "nossa amiga", já que se eu não vê-la como tal, nunca vou ter intimidade para tornar seu uso uma rotina (esperto isso, não?). Pois bem, apesar de cansado, lembrei que hoje mais cedo ja tinha pedido pra minha mãe reconstruir um saco de nylon que proporciona o encaixe da prótese e portanto precisava fazer por onde e testar a perna ainda hoje. Crei coragem e vesti.


O resultado não poderia ter sido mais interessante. Meu conforto e confiança com aquele corpo estranho foi tamanho que lancei mão de apenas uma muleta, que me ajudaria a ter apoio pra dar os passos, e fui seguindo...

Passei pela porta do meu quarto, ainda com passos incertos, tímidos, mas cheios de vontade. Apesar da insegurança, fui me aproximando silenciosamente da minha mãe, que estava na sala costurando, e só quando eu estava de frente pra ela, a menos de 1,5m que ela percebeu minha presença e se emocionou com a minha "audácia"...
=)
Pra mim foi um momento um tanto único: eu estava conhecendo a minha casa, depois de quase 3 anos morando nela...

A primeira coisa que conheci de fato foi o espelho da sala. Eu sempre fui uma pessoa muito narcisa, mas o costume remanescente de me olhar no espelho não me trouxe assim boas referências, já que somente agora, de pé, constatei que não tô assim tão em forma. Me senti um gordinho parrudo, quase um bujãozinho, se comparado com meus dias passados... Constatei que o tempo, a gravidade e gordura são implacáveis, e por isso, mais uma missãozinha apareceu na minha lista:

3)FICAR MAGRO!

Apesar de cruel, adorei a franqueza do espelho...

Já que estamos falando de medidas, lembrei-me dos belos dias que eu media 1,83m de altura. Eu já tinha consciência que esses dias já são passados, não só por eu estar levemente curvadinho por cuasa dos ajustes da prótese, mas também porque, pra própria tíbia ter consolidado as duas partes, foi preciso cortar alguns centimetros de cada ponta. E a consequencia de tudo isso foram sinceros 1,74m de altura.... 9 CMS DE PERDA!
Me senti diminuído, literalmente...

Apesar de esdrúxulo e doloroso, eu sei que eu posso recuperar esses gigantes 9cms de perna, por conta de meros 3 meses de parafusos laminados rasgando minha pele de novo... vale a pena?

Depois dessa sessão de choque de realidade, resolvi passear pela casa pra ver se tinha coisa mais otimista a me esperar. Chegar no banheiro não foi assim tão complicado, e olhar para o espelho e ver meu rosto pelo primeira vez chegou a causar estranhamento, a quem costuma só enxergar o reflexo de parte da testa pra cima... minha estabilidade foi tamanha que arrisquei escovar os dentes observando meus movimentos no espelho. Obtive muito sucesso,mas a sensação me pareceu tão estranha, que pareceu q eu estava escovando meus dentes em outro banheiro, desconhecido por mim até então...

Esses 20 e poucos minutinhos usando a minha amiga prótese rendeu algumas dores na lombar, por causa da posição, mas ao mesmo tempo pude sentir que o encaixe não está assim tão incômodo, tanto que até o presente momento, apesar de já sentado e em frente ao computador, escrevendo essas mal digitadas linhas, continuo usando a prótese e sem sentir nenhum incômodo grande, caraterístico do encaixe antigo.


Pra "ilustrar", um fotinho da visão que tenho quando olho pra baixo agora... meus três diferentes apoios:




 

Postado por Antonio Bordallo às 6:44 PM

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terça-feira, julho 07, 2009


Depois de um 4/5, nada melhor que um 6/7 ...


Como alguns devem saber, o dia quatro de maio ( o popular 4/5) foi marcado na minha vida por ser o dia do meu acidente, onde tudo mudou pra pior e até hoje ainda ando catando os cacos do que restou de mim e da minha vida por aí. Porém, mais de 4 anos depois, foi um seis de julho ( ou 6/7) que se tornou outro marco, só que dessa vez positivo, nessa minha luta pra me reerguer em todos os aspectos.

A primeira coisa marcante que destaco nesse dia foi a conclusão simbólica de um esforço que eu queria realizar desde antes mesmo do meu acidente: concluir uma Graduação. Finalmente nesse dia entreguei a monografia e o book do trabalho final proposto pela Universidade Candido Mendes pra eles me liberarem o diploma e eu me considerar formado em Design de Moda. Isso pra mim é de uma significância ímpar, pois sempre quis que esse dia chegasse, e mesmo me lembro que simplesmente estudar Moda pra mim, muitos anos antes, parecia um certo sonho impossível. Pois bem, ontem me provei o improvável, mais uma vez. Abaixo o único registro disso,acompanhado da com minha grande amiga e compartilhadora de estresses de último período de faculdade, Lisiane Arize, momentos após entregarmos o fruto de nosso trabalho, já pela noite:
























[notaram que eu tô em pé? Apoiado e gordo, mas em pé!]


Outra coisa tão importante quanto o episódio descrito acima, e que aconteceu entre essa finalização e a entrega propriamente dita do trabalho, foi algo que, de tão corrida que minha vida tava, eu nem criei tanta expectativa, mas que contribuiu pra esse dia ser o mais marcante em anos. Lá pra umas 3 horas da tarde, lá estava eu no HTO (hospital que me trato) pela enésima vez e, finalmente, depois de quase 4 anos de trat
amento por lá, consegui utilizar minha “perna substituta” sem incômodo. O resultado disso foi que não só consegui ficar em pé, como também até arrisquei das alguns passinhos , curtos, cheios de incertezas ainda, mas SEM SEGURAR EM NADA!=D

Claro, eu parecia um patinho recém-nascido dando os primeiros passos,mas “pqp”, como é gostoso voltar a se mover “sozinho” depois de
tanto tempo! Claro, havia uma dorzinha aqui ou acolá, mas insignificantes perto do que já passei, e isto me proveu até a liberdade de arriscar tirar al
gumas fotinhos sozinho, já que me deixaram por uns 10 minutos na sala de fisioterapia sozinho, caminhando pela barra paralela. O resultado vocês podem ver nessas fotos abaixo:



















[eu tentando tirar um foto sozinho de pé e mostrando a perninha nova...]

























[dessa vez eu consegui, mas me cortei da foto, hehehe ]

























[e agora manobrando pra tirar foto pelo espelho...]


O engraçado de isso tudo é que, apesar de na foto eu não estar parecendo assim tão bonito, não sei o que tem naquele espelho da sala de fisioterapia, que eu naquele momento me sentia muito mais bonito do que vocês estão vendo aí nas fotos. Uma beleza que me remeteu meus tempos áureos de malhador e freqüentador do Posto 9, na praia de Ipanema... sei lá, me bateu saudade.

Bem, a médica então me liberou pra levar a prótese pra casa e então voltar a ser tratado pela ABBR, como eu estava fazendo há alguns meses. Depois da correria da graduação e apresentação à banda de formatura, volto pra lá e o objetivo vai ser ter segurança ao andar com a prótese, independentemente. Vamos ver quanto tempo que vai levar isso... o que importa agora é que outro grande passo foi dado. O primeiro de muitos!
=)

A foto abaixo foi tirada pela fisiatra, aí ficou um pouquinhozinho só melhor,hehehe...

PS:agora eu fico é com curiosidade do que pode acontecer comigo em algum futuro dia 8/9...
 

Postado por Antonio Bordallo às 3:50 PM

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