aproveitando a segunda chance

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sexta-feira, março 31, 2006


Dor de véspera


Creio que pior que sentir uma dor subitamente é ser informado dela com uma certa antecedência, quase que com hora marcada. Você fica sempre na angústia pensando se essa dor vai aparecer nas próximas horas ou mesmo o contrário: "essa dor tá demorando pra chegar...".Porque o certo é que ela vai aparecer. Agora vejam vocês: uma dor que chega atrasada...

Porque estou confabulando sobre tudo isso? Porque hoje finalmente fui atendido pelo ortopedista e baseado no raio-X que foi mostrado num dos posts anteriores (e vocês viram ANTES que ele!) em menos de 10 dias esse osso móvel vai encostar no "resto" de osso da parte de baixo e entao eles vão entrar em choque (muito lentamente mas vão) e em vez de eu parar, vou continuar girando e colocando um osso contra o outro. Tá bem que o médico disse que quando eu sentir esse "contato de ossos" eu, em vez de girar o fixador 4 vezes ao dia, vou girar só uma, mas mesmo assim vou estar promovendo dentro de mim , mesmo que lentamente, um "Clash of the Bones", pqp...
O pior de tudo isso foi saber do médico que na tal "região do conflito" vai fatalmente haver uma inflamação e pra eu ir me virando com antinflamatórios até o dia da próxima consulta, dia 13... Me senti como Bagdá, sabendo que ia ser inevitável o choque com os EUA, apenas esperando a bagunça começar...

Tomando conhecimento da dor inevitável, eu apenas peço para esta não ser muito intensa e que dure pouco, bem ao contrario da presença norte-americana em Bagdad...
 

Postado por Antonio Bordallo às 1:24 PM

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terça-feira, março 28, 2006


Arrogância gráfica


Hoje, terça-feira, fui ao HTO para ser atendido pela Ortopedia. Por causa disso, essa semana me pareceu bastante corrida, já que teria que comparecer ao hospital segunda, terça e quarta... Mas tudo bem, tenho que ir, né?Desde ontem achei bastante estranho o atendimento de Ortopedia ser às 14hs, já que normalmente é pela manhã, às 8hs...mas já que tava escrito no papel da consuta e, como no jogo do bicho, "vale o escrito"...deixei rolar.Hoje fiquei de "prontidão" desde cedo, esperando a ambulância, mas desde as 8hs já fui avisado que só iriam mq buscar para a consulta de 14hs...deixei rolar.

Desde cedo estava me sentindo meio mal, bastante indisposto, como um princípio de febre, mas já que consulta do ortopedista é avis rara, não pude deixar a chance passar.Normalmente quando a ambulância vem me buscar para algo à tarde, eles passam aqui a qualquer momento a partir das 11hs, e por isso que a esse horário eu ja estava pronto e esperando por eles...Passa 11h... 12h...13h...14h e nada. Me senti esquecido, achei que talvez eles já tivessem passado e eu não tivesse ouvido eles tocado a campainha, como ocorreu na semana passada. Ligo pro setor de transporte do HTO e eles informaram que não passaram ainda, que o transporte estava a caminho...

Lá pra umas 14e30 finalmente aparece o transporte, um carro em vez da ambulancia, já que a demanda hoje estava tão grande que só sobrou mesmo o carro pra me levar...Chego no hospital umas 15e30. Procuro pela secretária do médico que me trata e surpreendentemente ela me diz que naquele horário já não mais havia nenhum médico. Eu pergunto: "como? se no meu papel de consulta está marcado para 14hs? ".Mostrei o papel e ela, sem dar o braço a torcer,disse que o que estava escrito no papel não era o número 14, que não podia ser, já qu ele não atende à essa hora... Tá bem que ele não atende àquela hora, mas dizer que aquele número não é 14 foi um tanto cínico. Que fosse japonês ou mandarim, eu ia entender, mas num campo onde é pra colocar números ele me faz um rabisco desse (veja ao lado) e quer me convencer que seja algum algarismo abaixo de 12 é muita falta de noção da realidade.O que me deixou puto não foi o fato do doutoa ter uma letra incompreensível, mas sim o que esse mínimo detalhe acarretou. Tive que me mobilizar para esse dia, saindo de casa bastante indisposto,tive que procurar a assistente social pra ela me conseguir o transporte, o pessoal do setor de transporte teve que mobilizar um carro e motorista. Tudo isso pra NADA. E por causa do quê? Por causa de uma grafia incompreensível que, entre os médicos, é puro charme e estilo...Uns teorizam, interpretando a grafia deles como se fosse um código entre médicos e pessoas do meio (como farmaceuticos) para somente "os que realmente importam entender" tais rabiscos. Até concordo com essa teoria(apesar de desaprová-la), mas agora, você gerar transtornos e até prejuízo por uma vaidade besta como essa, francamente...é muita ARROGÂNCIA GRÁFICA...
Por causa disso, fiz uma reclamação formal à Ouvidoria, que tratou de remarcar a consulta e o transporte para próxima sexta. Tirei Raio-X da perna logo hoje, pra não perder a viagem e pra completar meu dia, quando apareço na saída para pegar o carro de volta , um motorista de ambulância diz que o meu motorista havia esperado até há menos de 1 minuto, mas já que demorei a aparecer, ele tinha acabado de ir levar outro paciente lá pras bandas de não-sei-onde... o que implica de eu ter que ficar aqui de molho de agora (umas 17:30) até não-sei-quando... em suma: OH, QUE DIA!

=/
 

Postado por Antonio Bordallo às 6:05 PM

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Explicação gráfica atualizada


Muita grente deve estar confabulando como minha perna está por dentro depois de tanto tenpo girando o fizador e esticando a tíbia. Finalmente hoje eu consegui tirar uma foto bem esclarecedora, mostrando os 6 cms que já foram percorridos pelo pedaço da mnha tíbia pra reconstrui-la. Vou fazer assim: posto uma imagem em raio-X no primeiro estágio, em janeiro,, e a outra como está gora no final de março. Vejam abaixo:
No primeiro estágio, os 3 primeros parafusos de cima pra baixo seguram o osso, os 2 logo abaixo estão segurando um pedaço do osso cortado e então esses 2 vão se movendo até a ponta desse osso encontrar com a ponta do outro osso que está logo abaixo,"perdidão, sem um par"...


Já no estágio acima, vê-se aquela parte branca, que é o osso, num estágio bem desenvolvido, quase encostando na outra ponta do osso. Na real falta mais ou menos 1 centímetro pra tocar, e então quando isso acontecer eu paroo de girar e então vão fazer um enxerto de osso nessa area pra entao colar e consolidar. Pra ficar tudo bem,isso deve demorar mais uns 3 meses,que vai ser o tempo que essa massa turva acima do osso móvel vai levar para tornar-se rígida como um osso de verdade.

PS: não se assustem com o Perônio, ou Fíbrula, ou "osso fininho perna". Ele está quebrado sim, mas não dói nada, não serve pra nada e só vai ser recuperado depois de recuperar a parte que interessa, a Tíbia...

 

Postado por Antonio Bordallo às 5:34 PM

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sexta-feira, março 24, 2006


O (mau) "jeitinho carioca"



Estive esses dias pensando sobre o frustrante fato de ficar ansioso e esperançoso para receber uma visita e essa do nada "deseparecer", me dar um "bolo"...
Sempre ficava frustrado, puto, decepcionado até com a tal pessoa, tentando usar o maximo de álibis para eximir da culpa essas pessoas que somente tinham a boa intenção de me ver, mas que no fim das contas acabavam não conseguindo. Procurei e procurei motivos para isso, pois tenho a certeza que ninguém furaria comigo por pura perversidade, daí então apareceu para mim uma hipótese que ainda não havia cogitado, mas era simplesmente REAL: o "jeitinho carioca"...

Para quem não sabe, nós cariocas temos muitas peculiaridades comportamentais, a maioria delas admiradas e invejadas pelo resto dos brasileiros, mas temos uma atitude que apesar de a nós não parecer mal algum, à outras pessoas pode soar extremamente deselegante: o fato de combinarmos de "aparecer" e praticamente nunca cumprirmos com o prometido.
É um fato tipicamente cultural e diplomático do carioca, já que nos damos bem com todo mundo, sempre abrimos uma possibilidade de aparecer na casa de um ou outro algum dia, mesmo que não saibamos ainda quando, mas deixamos aberta essa possibilidade por simplesmente gostarmos da pessoa. Existe mesmo o clássico diálogo entre dois cariocas que só se vêem na praia, se consideram amigos e quando um diz pra o outro ligar pra ele e "aparecer lá em casa", o outro diz que vai sim, mesmo ambos não tendo o telefone de outro e tampouco saber onde o outro mora. Esse é o típico carioca...
Isso é algo que faz parte da cultura carioca e não existe nenhuma maldade nisso, mas ao lidar com quem não está avisado desse comportamento, podem ocorrer estranhas histórias...

Falei sobre esse "desvio de comportamento" que nós cariocas temos para relatar algo que me afeta diretamente: os "bolos" que levo dos amigos que dizem que vão vir e não aparecem.
No início eu ficava triste, decepcionado com a pessoa.Não exatamente pelo furo em si, mas por que eu estava ansioso para vê-lo, contando com essa possibilidade, e do nada então percebo que esse reencontro não ia mais ocorrer. Passei os meses até então sempre contrariado por causa dessa hipótese, não sabia se a pessoa estava falando que vinha me ver só pra me agradar ou porque queria me ver mesmo. Pior que a visita que fura é aquela que sempre ameaça, diz que vem e em cima da hora não somente fura como também nem avisa que vai furar, mas continua ameaçando que vem... dei um basta.
Hoje não fico mais obcecado e me preparando pra chegar a hora que a visita vai vir. Muitas vezes ela acaba não vindo mesmo, né? Por isso agora eu resolvi relaxar e focar minha mente em outras coisas que, mesmo não sendo tão legais como a visita de um amigo querido, também me chamam a atenção e vão estar sempre me lembrando que precisam ser feitas, tais como ler uns livros, arrumar meu quarto, rearrumar minha vida em geral... e assim não mais me frustro a ver que fulano não vem mais, apenas descanso e me dedico à leitura... Foi difícil chegar a esse ponto que cheguei, mas cheguei nele depois desses "tempos vagos" que passei esperando meus amigos inutilmente. Minha percepção das coisas começou a expandir e me trazer respostas mais lógicas que agradáveis...

Passei a perceber que muitos dos meu amigos querem me ver, só que não dispõem de tempo. Dispõem sim de muita vontade de me ver,mas a correria da vida moderna não os permite. Alguns até exprimem de uma forma bem legal sua saudade ao me verem na internet ,escrevendo no msn, fotolog ou qualquer outro meio, e outros mesmo chegam a ligar diretamente pra saber como estou e pra dizer que quando estiverem mais livres me procuram. Acho lindinho isso. Outros usam esse jeitinho carioca para dizer que querem me ver, que vão tentar me ver e nunca conseguem. Não mais os culpo, porém esses tem que passar a perceber que nem sempre esse "jeitinho" pode ser empregado, pois uma coisa é você falar pra um camarada de praia que passa na casa dele qualquer dia desses , outra é você falar isso pra uma pessoa que está passando seus dias somente em casa, "trancado na masmorra", sempre à espera de algum amigo que venha lhe contar "notícias do mundo de lá"... é praticamente uma necessidade, uma carência emocional que tento disfarçar, mas as vezes, de tanto disfarçar, acaba me deixando frustrado. Em suma, é uma ação inocente que acaba tendo dimensões desastrosas...

Pensando e repensando melhor o fato e fazendo-o mais de acordo com a realidade, me deparei com um terceiro quadro que apesar de triste, eu tenho que encarar e não posso fazer nada em relação à ele: o fato de algumas pessoas ainda não estarem preparadas ou não se sentirem tão à vontade de me ver no momento, já que estou tão "modificado"... É claro que essa modificação de fato é apenas da cintura pra baixo e que com o passar do tempo muita coisa vai melhorar, mas tenho que entender que ninguém é obrigado à ter "estomago' pra ver um rapaz que estava sempre tão bem apresentado, agora num estado desses. Sinto mesmo que muita gente "força a barra" ao me ver, pois de fato não é a melhor forma de se encontrar um amigo... mas gente, desculpa. Isso aqui que eu tenho a mostrar no momento é O QUE SOBROU DE MIM. E mesmo não sendo tão desejável como um dia já fui, eu sinto orgulho da minha perna que sobrou pelo simples fato de senti-la quente por ainda estar circulando sangue.

Foi mal, gente...o Antônio não é mais bonitinho 100% com antigamente, só continua amigo dele quem gostava mais do que ele tinha por dentro do que o que ele tinha por fora.



Não quis com esse texto ser incisivo, tampouco agressivo com meus amigos que me deram tanta força até agora, simplesmente tentei expor a vocês mesmos coisas que talvez nem mesmo vocês tinham idéia de que já pensaram.

Não deixem de querem vir me ver, todos sem exceção serão bem vindos. Apenas quero que , aqueles que sabem que não vão poder vir me ver, nem se tentaram dar um jeito, não se iludam nem ME iludam com a promessa de vir. Um e-mail ou uma ligação apenas pra dizer que ta com saudade já é mais que bem vinda. Há, claro, aqueles que não me procuram há muito, muito tempo, nem me ligam e nem ameaçam me visitar, pois sabem que não ta dando pé mesmo. Não mudei nada minha relação com eles porque eu sei bem que eles gostam tanto de mim quanto eu à eles. Apenas não podem inventar de vir me visitar sabendo que não vai dar de forma alguma.
 

Postado por Antonio Bordallo às 7:33 AM

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quinta-feira, março 23, 2006


...no geral to bem...e vc?




Essa ta sendo a minha resposta atualmente quando perguntam como estou. Falando assim parece meio vago, e até meio falso da minha parte, mas é assim ao menos como eu quero passar ultimamente...
Mas devo confessar que as coisas não estão fáceis não.
Estou numa diferente fase da minha vida. Algo que valoriza mais o autoconhecimento. A revalorização de coisas simples e próximas , em detrimento ao distante e sonhador...
Sinto que a internet não está tão legal como era antes, o MSN não tem a mesma graça...e talvez o problema esteja comigo mesmo.
Decidi que é melhor eu me dedicar à uns livros que estão há um tempo em minha fila de espera. Preciso ler pra aliar ao meu conhecimento de causa, um conhecimento mais amplo, baseado na experiência de terceiros, para então escrever algo que seja de fato a minha cara. Conhece mais a ti e conheceras também aos outros.

Olho ao meu redor e vejo que o primeiro erro está no ambiente em que passo 90% do meu tempo. Se ele está desarrumado e eu tenho tempo de arrumá-lo, porque não fazê-lo? Com a desculpa de ser "um homem ocupado" até vai, mas passando tanto tempo em casa, há de haver tempo pra isso, né? É claro que é uma das atividades que pouco me agradam, mas cheguei a um ponto de entender que é isso que tem que ser feito, e portanto o estou fazendo. Meti na minha mente que Roma não foi feita em um só dia e portanto, meu quarto também não vai ser arrumado em 24horas. Por isso aliei-me à "homeopatia organizacional" para ver as coisas serem feitas... e graças a Deus eu vejo meu quarto sendo posto em ordem, como uma planta que lentamente, sem pressa, vai desdobrando suas folhas...
Outra coisa que finalmente dei inicio foi o ensino de inglês à minha mãe e minha sobrinha. Não tá sendo fácil, mas pô... quem que aprendeu inglês e nas primeiras lições já saiu falando com aquele sotaque puxando o R, né? Pra eu ter o nível q tenho , já são uns 14 anos estudando, pois ainda hoje estudo, né?

Amigos, uns estão sempre aí, outros desapareceram e não os culpo. A vida hoje em dia está cada vez mais difícil e corrida, é preciso se dedicar ao maximo, e por isso eu sei que, mesmo não estando presentes nem em ligações de celular, todos eles estão torcendo por mim.
Continuo levando "bolo" de amigos que dizem que vão vir e não aparecem por uma razão ou outra. Os eximo da culpa como os já citados, sendo que esses últimos pelo menos têm a intenção de vir, mas a vida não ajuda tanto... Antigamente eu ficava puto da vida de todo mundo furar comigo, mas hoje em dia nem me preocupo... não é desdém, simplesmente entendo que eles têm suas tarefas, bem assim como eu também as tenho, mesmo que minha tarefa seja estar em repouso me recuperando ou resolvendo mais uma das milhares de pendências... um bolo não é mais um bolo, é um "tempo livre" que subitamente caiu no meu colo, um "tempo vago" como nos dias de colégio, onde a gente simplesmente pensa vida e em como melhor passar o tempo nesse limbo... por isso passei a dar mais valor ao tempo, por cada 15 minutos que eu posso ficar de bobeira, apenas respirando e ficando de bobeira, pois a bem da verdade, eu não conseguia isso nem mesmo depois do acidente. Eu, como todos já sabem, era um homem corrido, que não admitia ficar ' de bobeira", ocioso nenhum instante, tanto que minha maior aflição logo depois do acidente foi ficar tanto tempo parado, era muita crueldade com a minha "natureza corrida"... e por isso danava de me ocupar mais e mais. Agora não. Cheguei à noção de que um tempo passado mesmo que de bobeira é um tempo que eu ganho pra poder me "desligar do mundo" e, no ritmo que vivemos, isso tem peso de ouro...

O que todos devem estar perguntando no momento é: " e a perna?" ,eu não comentei nada sobre ela até agora. Foi melhor assim, minha perna não chega a ¼ do meu corpo e parece que as pessoas as vezes só se interessam nela. Até agradeço muito a preocupação com tal região do meu corpo, mas antes dela vem minha cabeça, por pra perna funcionar também é necessário esta, da qual falei até então...

Minha perna está numa fase crítica. Não critica a risco de perdê-la como antes,mas numa fase de provações, onde dessa vez vou ter que provar mais força e resistência do que perseverança. O músculo da minha perna sofreu um encurtamento que não permite mais minha perna esticar se não houver uma câibra descomunal. Mesmo sendo esta descomunal, eu TENHO que esticá-la, do contrario ela atrofia e encurta mais e mais. No início relutei a fazer tal exercício da fisioterapia que tanto me torturava, mas depois de , em razão de minha relutância, ter brigado com meio hospital, resolvi esticar assim mesmo, mesmo que doa, doa tanto que eu já tenha desenvolvido um dispositivo próprio que tenta "ignorar a dor" por mais forte que esta seja. Agora eu consigo esticá-la por um tempo, mas no final eu chego a ficar com falta de ar e quase desmaio...mas FAÇO!
Não é culpa da fisioterapeuta essa minha dor, a eximo dessa culpa agora mesmo, faz parte do tratamento e se eu não fizer o músculo da minha perna vai encurtar ainda mais... mesmo assim eu digo: ultimamente me sinto como tivesse que sofrer uma grande dor com hora marcada...


Não achando bastante, nas ultimas semanas vim sentindo de fato a dor do esticamento da carne e da pele, gradualmente, de 0,25mm a 0,25mm... e esse pouquinho se transformou em 5 centimetros... tudo isso a base de muito estica-e-rasga de pele e carne...dores que quando já estão cessando, são esticadas mais um pouquinho e volta a doer...estou tão "acostumado" com a dor que depois que passar tudo isso nem sei como vou me sentir, sem dor alguma...(pareço uma velha hipocondríaca falando isso,mas enfim, sem drama...apenas ironia)
Esse ultimo domingo foi ainda pior, pois tive uma dor muito forte numa região logo acima do calcanhar, perto de onde estão mais dois parafusos. Eu não havia sentido dor lá até então, e essa dor foi tão súbita e cruel q cheguei a chorar como criança...
É, gente. Tem horas que não da pra agüentar mais , e apenas me lembro da injustiça que sofri... que a estupidez e o simples stress momentâneo de uma pessoa há 10 meses atrás conseguiu fazer com que eu sofresse tudo isso até hoje... mais um exemplo do efeito borboleta*...

O que eu aprendi e quero passar à vocês com tudo isso?
VIVER É UM ATO DE MUITA RESPONSABILIDADE.

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*= Efeito Borboleta é a linguagem figurada da Teoria do Caos, que reza que o simples bater de asas de uma borboleta em um lugar pode gerar um tufão no outro lado do mundo...




 

Postado por Antonio Bordallo às 9:06 PM

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domingo, março 19, 2006


Confesso que chorei


Recentemente coloquei TV a cabo aqui em casa e, em vez de procurar apenas os canais de diversão ou esporte, procurei os que me trouxessem conhecimento, independente da origem... e por isso que zapeando pelos canais uma chamada me chamou atenção (detesto essas redundâncias...): um programa na TV Senado (olha só no que eu presto atenção!) que ia falar sobre a inclusão dos deficientes físicos às 16:30...
Já que nesse momento eu estava vendo um documentário sobre engenharia em Las Vegas, não pude abandonar e por isso eu peguei o programa meio na metade, mas foi legal...
Assistindo mais ao programa, eles apresentaram um curta de animação que me pareceu bem legal a princípio, feito pelo Ziraldo e produzido pela CORDE , que é uma coordenadoria do governo para deficientes físicos. Até então eu achava somente legal, mas ao começar o desenho ele foi mais do que eu esperava.

A historinha era narrada por um garotinho que só depois de um tempo nos dávamos conta que não tinha as duas pernas. Mostrou-se então as dificuldades que ele tinha ao tentar pegar um pedaço de bolo na geladeira, as dificuldades na rua, o preconceito... À essa hora eu já estava chorando copiosamente, ao ver naquele desenho praticamente um espelho dessa minha nova vida. Aquele lá era eu.

O desenho transcorreu e alem das dificuldades mostraram também as habilidades que temos, pois a única coisa que não possuímos são as pernas, e nem sempre as precisamos pra fazer algo. Mostraram até um deseinho o do Stephen Hawking, como exemplo do poder que alguém pode ter apesar das limitações...

Não parei de chorar um instante sequer ao decorrer dessa animação de 6 minutos, e ao final posso dizer que fiquei de alma lavada. Era o que eu precisava pra reconhecer em mim mesmo o poder que ainda tenho... agora faltam os outros reconhecerem.

Mandei um e-mail pra essa coordenadoria do governo e a um dos caras que fizeram a animação (chamado Kico) pedindo essa animação para divulgar aqui no blog. Todos vocês PRECISAM ver esse vídeo, juro que o conceito de vocês vai mudar pra melhor em relação ao assunto.

Quando o eu tiver uma resposta eu aviso e deixo algum link, ok?

Bom, é isso. Foi uma emoção tão grande que eu logo depois de chorar ao ver o desenho, voei pro computador, procurei no Google mais informações e escrevi logo esse texto pra desabafar isso com todos vocês...

Completando a frase que dá título a esse post,

Confesso que chorei...e com minhas próprias lágrimas lavei minha alma.

=..)
 

Postado por Antonio Bordallo às 12:52 PM

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quarta-feira, março 15, 2006


Minha Bicicleta: mais perto de mim... (e isso não é bom...)


Mais um dia estranho em menos de uma semana, já ta na hora de me acostumar com isso...

Já não bastasse o sacrifício que foi a fisioterapia hoje... estou segurando ao máximo minha dor pra não ficar sendo visto como fresco ou cricri, mas mesmo assim tá difícil... Na real estou fazendo isso mais pra agradar a fisiatra e a fisioterapeuta do que a mim mesmo. Não me sinto apto no momento a mexer, exercitar o que já está tão dolorido... mesmo assim essa pressão que eles fazem sobre mim é pro meu próprio bem, mas não sabia que o meu bem doía tanto...

Alie a isso o fato de eu ter sido devolvido pela ambulância em casa às 18:30... estava na sala de espera sozinho, o hospital já estava até “fechado”... sentimento de abando e desespero...estar só num lugar que normalmente é lotado é desesperador...imaginen vocês como deve ser estar sozinho dentro da estação Central do Brasil...
Pra completar, acabo passando pela segunda vez no túnel onde me acidentei. Dessa vez não tive uma crise convulsiva de choro como da primeira, mas foi impossível conter as lágrimas... de fato quando passo pelo túnel, é por muito pouco tempo, e tampouco muita coisa, já que as janelas da ambulância só permitem ver 3 frisos nítidos, mas o problema é que eu SINTO estar dentro do local que mudou minha vida...


Ao chegar em casa, não tinha nem acabado de me recompor, depois de um dia tão desgastante, recebo uma notícia desconcertante. O filho da testemunha que guardou a minha bicicleta veio a devolver...
Não estava preparado de nenhuma forma. Minha mãe desceu pra receber a bicicleta e guardar... Só lembro que quando a revi já estava em prantos como há muito tempo não havia visto. Creio que foi porque agora sim ela “sentiu” o impacto q eu sofri, refletido na bicicleta. Não pude ter outra atitude a tomar que não fosse ligar para minha amiga Rejane, que se voluntarizou a guardar a bicicleta na garagem de seu prédio. Falei pouco com ela, passei direto à minha mãe pra ver ser ela conseguia conter melhor minha mãe, o que graças a Deus conseguiu, só que só vai poder vir aqui buscar na sexta.
O que vale a pena citar sobre o momento que vi minha mãe chorando foi a minha reação. Eu estava no quarto da minha sobrinha. Quando soube que minha “companheira de acidente” estava a poucos metros de mim, eu travei: não conseguia sair do quarto. Estava com medo de sair e fitar os olhos nela à distancia mesmo que sem querer, como se ela estivesse na sala, esperando a mim. Só saí do quarto uns 15 minutos depois, ao perguntar onde estava a bicicleta, e minha mãe disse que guardou no corredor dos fundos. Seria muito chocante para mim ver o objeto que eu mais gostava ferido como eu no mesmo acidente. Minha bicicleta fazia parte do meu corpo, era a extensão móvel dele...e no momento do acidente, fomos separados por um ônibus dirigido por um estressado inconsequente... Vê-la agora seria como ver ao vivo minha feridas expostas, com a diferença de que as minhas depois desse tempo já fecharam , a bicicleta não cura suas feridas...

Um impasse que foi gerado foi sobre como guardá-la aqui no prédio. Normalmente ela fica grudada na grade da escada, mas para isso seria necessário um cadeado. Já que não fazemos idéia onde esteja a chave (que estava comigo durante o acidente, mas depois...) , a única saída foi deixá-la assim mesmo por lá...e rezar que não haja nenhum espírito de porco que tenha a capacidade de levar uma bicicleta em estado de perda total ou parcial... até porque ela no estado que se encontra é de valor crucial para o processo...


...e assim acaba mais um dia que seria muito bem vindo se não tivesse existido...ao menos não assim todo de uma vez...
 

Postado por Antonio Bordallo às 6:47 PM

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Manchete esclarecedora


Hoje no HTO, enquanto eu esperava ser atendido, assisti o Globo Esporte. Uma matéria me chamou atenção. Até procurei mais sobre a notícia na web, mas por se tratar de um mero detalhe, nada foi registrado (ao menos que eu encontrasse), mas eu captei bem a mensagem:

"Jogador de time argentino ensina regra de futebol para árbitro"
Ontem, durante a partida válida pela Libertadores, entre Vélez Sarsfield(Argentina) e Universitário (Peru), o árbitro foi repreendido por um jogador argentino, ao marcar impedimento de uma bola que foi reposta em jogo pela lateral. Apesar da marcação dada pelo arbitro, o jogador, que conhecia detalhes da lei do impedimento, interrompeu a juiz e “ensinou” para ele que a bola quando lançada da lateral não fica nunca em estado de impedimento. Chegou a gritar para o juiz: "És lateral!!! Lêe el manual!!!" . Depois do mico,só restou ao arbitro acatar a regra, que é clara, e abaixar a cabeça...

Não por acaso me lembrei do episódio passado na última segunda feira, retratado no post abaixo...

...porque nem sempre quem deveria saber sabe de fato.

...e ser um profissional numa determinada área não significa que você entende tudo daquilo...


Preciso dizer mais algo?
 

Postado por Antonio Bordallo às 6:45 PM

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segunda-feira, março 13, 2006


Antônio: Indisciplinado ou Incompreendido?


Estou ficando estranho. E se não for eu, é o mundo que me rodeia. Em menos de uma semana sofro duas reprimendas (pra não dizer esporro) de diferentes profissionais que tratam de mim. O primeiro foi o ortopedista que, depois de ouvir meu parecer sobre o que sinto, arrogantemente me reprimiu, alegando que o profissional de medicina na ocasião era ele e por eu não ter nenhuma formação acadêmica do meio eu não deveria me meter no trabalho dele, pois ele que é o responsável pela minha recuperação, etc... Sem dúvida nenhuma que eu concordo com ele, o único problema é que, já que essa perna que ele trata está grudada em mim 24hs por dia, eu acredito ter alguma informação a acrescentar... e mesmo que não tenha, sigo no direito de saber e tirar minhas dúvidas sobre o que se passa com ela. A real é que por eu ter um conhecimento levemente acima da média dos pacientes (o que eu prefiro dizer que é uma "observação de um ponto de vista diferente"), isso incomoda. O paciente ideal para alguns médicos é aquele que não sabe e nem quer saber o que se passa com ele, que se deixa tratar e analisar sem perguntar nada, como se fosse um objeto qualquer quebrado. Mas não... EU NÃO SOU UM RÁDIO DE PILHA QUEBRADO! E me recuso a ser um "paciente-objeto"... não estou nessa para atrapalhar ou concorrer com profissionais, apenas quero aproveitar oportunidades como essa para desenvolver meu conhecimento...

Hoje fui na fisioterapia, só que devido à um problema que já comentei há dois posts atrás (da atrofia e encurtamento de um músculo da minha perna e essa rasgação de pele que o fixador promove pra recalcificar) eu não estava conseguindo esticar a perna para os exercícios, o que me levou à no mínimo tentar explicar pra fisioterapeuta a lógica de eu não estar conseguindo isso. O que eu não contava é que tal explicação lógica pelo meu ponto de vista fosse transformar tanto o humor da doutora. Ela alterou a voz comigo dizendo que eu não precisava ensiná-la o que ela já sabia e etc... Sinceramente eu não fiz isso no intuito de concorrer à uma cadeira de membro honorário entre os mestres da fisioterapia, apenas queria que ela soubesse porque que eu acho que minha perna dói daquela forma... mas mais uma vez eu aprendi que às vezes , mais ganha quem é burro. Se eu estivesse calado eu seria apenas um "radinho quebrado" pra ela estudar...já que "o radinho" deu palpite... Por causa desse impasse (não a discussão, mas a incapacidade de esticar a perna), minha sessão de fisio foi interrompida antes da metade e fui encaminhado para a fisiatra me ver antes da sessão de quarta... Um fato estranho que fiquei pensando foi, a fisioterapeuta disse pra eu não "ensinar" o ofício dela...beleza, mas a dor que eu estava sentindo nem ela própria conseguiu entender porque que acontecia. Pode ser algo que ela não conseguiu detectar, como também uma sensação nova que ainda não estudaram, mas já que minha palavra é o que menos conta na hora de se tentar explicar um problema...
Esses profissionais poderiam aprender ainda mais se quisessem ouvir o que os pacientes têm a dizer... É estranho ver como que um médico despreza algo que veterinários e pediatras adorariam que seus pacientes fazerem: dizer com suas próprias palavras como e o que sentem... um privilégio que eles simplesmente ignoram por ser algo comum. Pergunte pra um veterinário o quanto seria fácil diagnosticar e tratar um problema assim...

Talvez isso tudo faça parte de mais um dos procedimentos de “distanciamento” dos médicos. Tal processo começa pela caligrafia na hora de escrever a bula, pois uma escrita ininteligível significa simplesmente que pessoas comuns não precisam ler tal documento, apenas médicos e farmacêuticos. Eles só não escrevem uma receita em um outro alfabeto ininteligível, como o hebraico, porque sabem que isso seria algo fora da lei...

Vale dizer que não estou escrevendo isso para ofender esses profissionais que me cuidam. Pelo contrario, por eu gostar tanto deles é que eu acredito que poderiam ter sido mais legais comigo. A fisioterapeuta é uma gracinha de pessoa, tanto que é muito bom lidar com alguém com tamanha doçura e paciência, e o ortopedista é um senhor que me parece bem legal pelo seu jeito sensato e também por sempre perguntar pelas camisas em hebraico... só que simplesmente não posso deixar de considerar os erros, da mesma forma que eles não hesitaram em considerar os meus.

Decidi que de agora em diante vou me esforçar em parecer o mais burro possível no hospital, mesmo que isso seja só para massagear o ego dos profissionais que me cuidam. Descobri que fingir ser burro também é uma inteligência...
 

Postado por Antonio Bordallo às 10:53 AM

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domingo, março 12, 2006


Antônio e os bêbados


Ontem foi a primeira noite que dormi fora de casa, mas isso foi determinado mais por fatores externos do que um real planejamento meu. Tudo isso por causa da portaria do meu prédio,que tem 8 degraus que determinam crucialmente a minha saída pra rua, já que pra acessar a calçada eu sempre tenho que dar um jeito de arranjar alguém pra me descer e subir na volta.

O mais cômico da história foi como que essa decisão foi dada. Normalmente quando eu chego à noite, tenho que contar com a boa vontade de algum outro cidadão que estiver passando pela rua no momento, já que lá pelas 19hs o porteiro vai embora e não tem mais ninguém no prédio pra me ajudar. Já que do lado da minha portaria tem um boteco que fica aberto até umas 23hs, normalmente quem está comigo solicita a ajuda de alguém de lá pra me ajudar a subir... preferencialmente algum que estiver menos alterado...

Ontem foi meio diferente, isso porque sem notar, acabei ficando até mais tarde na casa de uma amiga e então recebi um telefonema da minha mãe. O motivo?

"Filho, estou te ligando pra avisar que se você quiser voltar pra casa ainda hoje, é melhor vir logo porque o bar já está fechando!.... "

...ora vejam vocês... agora a minha volta pra casa está condicionada a hora de fechamento do bar! E mais estranho de tudo: eu não estou nele! Caso único, não?

Depois de receber a alarmante noticia comecei a pesar os prós e contras de voltar pra casa naquela hora e depois de considerarmos que além da pressa para voltar pra casa antes de chover, ainda teríamos que contar com os poucos remanescentes no botequim até aquele momento, o que implica que, se eles estão perdurando no tal estabelecimento atétardia hora, subentende-se que eles também já devem estar num estado etílico suficiente para não estarem tão aptos a puxar 8 degraus acima, concordam? Aliem à situação o fato de ter chovido recentemente e então provavelmente o chão da rua e parte da portaria possa estar molhado e portanto escorregadio... Por razões de segurança achei melhor não arriscar minha integridade física até então e dormir pela primeira vez depois do acidente num lugar que fosse minha casa e nem um hospital...



PS: Concluindo a notícia, dormi bem, sem maiores problemas, devido ao grande esquema de preparação pra tal noite de sono fora de casa... e hoje, ao retornar à minha casa, acabei sofrendo o mesmo desamparo que evitei ontem: não tinha ninguém ao redor pra ajudar... Sob o sol forte, acabou que solicitamos um apontador do jogo do bicho que fica sentado aqui perto da portaria mas, devido sua má vontade indisfarçável, no início ele mais atrapalhou que ajudou, pressionando minha perna e fazendo-a doer desnecessariamente...mas ok, consegui chegar aqui em cima e escrever esse texto que estou postando agora, né?
 

Postado por Antonio Bordallo às 5:43 PM

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sexta-feira, março 10, 2006


40 dias, 4cms...




Com o tempo que já se passou desde que comecei esse ritual constante de a cada 6hs mover 1/4 de milímetro o fixador pra baixo já épossivel enxergar uma certa diferença real. Com uma régua ontem cosegui constatar que já foram recalcificados 4cms, praticanente a metade do caminho, já que a distância a ser recalcificada é de uns 8cm.

Vou dizer que esse caminho até agora não foi fácil... e por isso mesmo que muito me preocupa esses 4cm restantes. Não sei como vou suportar as auguras dessa recalcificação até o final... a dor no osso, proveniente da movimentação e uma eventual inflamação já passaram. Mas em função disso outra dor já presente passa a chamar mais atenção, infelizmente: a "dor de carne", que é a dor que sinto por ter uma àrea da minha carne e pele esticadas (e consequentemente rasgadas) brutalmente pelo fixador. Apesar de ser num ritmo tão lento, o que torna essa modificação bastante discreta, a dor é bastante grande pois ela não rasga a pele no exato momento que movimento o fixador, mas quando vou mexendo a perna ao longo do dia, o que acaba me levando a, para não rasgar tanto, não esticar a perna. Tal atitude acabou gerando um verdadeiro dilema. O músculo responsável por esticar minha perna sofreu um encurtamento, devido à atrofia de tanto tempo parado. Para recuperar tal músculo na fisioterapia é necessário eu ficar esticando ele o máximo que eu puder, e esse esticamento estimula justamente o rasgamento da minha pele. Agora então imaginem vocês: eu preciso recuperar minha musculatura, assim como meu osso, mas pra ambos o preço a pagar são dores descumunais. Uma câibra forte por esticar o músculo e uma dor de corte da pele e da carne...

Francamente, eu ainda não sei como (e mesmo SE) eu vou aguentar até o final tanta dor... e é justo isso que me faz olhar pro futuro a curto prazo com um certo medo, aiaiai...
:-(
 

Postado por Antonio Bordallo às 2:20 PM

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terça-feira, março 07, 2006


...e o gongo indica FIM DO PRIMEIRO ROUND...


16hs, já estou em casa. A audiência foi ok...não posso dizer que tive uma grande vitória, mas também nenhuma derrota. O que me deixou feliz foi que me advogado ficou mais otimista em relação ao processo, pois agora pôde ter uma visão mais clara de como as coisas estão sendo preparadas também pela outra parte. De fato ele me disse que não estava esperando muita coisa hoje, como um acordo temporário, e até se tivesse não seria muito bom, pois se a proposta não fosse muito boa e meu advogado negasse, ele seria visto como o "vilão", pois ao menos houve uma " boa vontade" da empresa, só que rejeitada pela minha parte, sabe?

A parte mais surpreendente da audiencia foi o parecer da outra parte, que alegava que eu sofri o acidente no túnel por estar fazendo "manobras" com a bicicleta DENTRO do túnel!

Nunca tive nenhuma aspiração em participar dos X-Games, e mesmo se eu tivesse , creio ter a conscinecia de não fazer isso DENTRO DE UM TUNEL CON TRÂNSITO NORMAL, concordam?

Bem, já que o trabalho da defesa é recair a culpa do acidente sobre mim mesmo, nem reclamo... o trabalho do meu advogado é me defender e o deles é livrar a cara da compania de ônibus,né?

O proximo passo ainda não está definido quando vai ser, mas creio que só será marcado quando eu fizer algum exame médico-pericial, o que vai ser combinado antes que médico fará tal exame (a cia. de ônibus já designou um médico para isso, mas meu advogado tem que indicar outro pra juíza decidir de comum acordo), e depois de feito o exame, fora a perícia do IML, será marcada a proxima audiencia. Amanhã vou na 10 D.P. (em botafogo) às 14hs pra prestar o depoimento, que até agora eu não o fiz... nada que me deixe ansioso com o resultado, pois apenas vou contar o que aconteceu...


Aguardem cenas do próximo episódio...
 

Postado por Antonio Bordallo às 6:17 PM

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1a Audiência HOJE!




Daqui a pouco, lá pra 14hs , começa o primeiro round da minha luta contra a empresa de onibus que me atropelou. Mais tarde,na volta ,eu conto como foi. Torçam por mim, ok?
=)
 

Postado por Antonio Bordallo às 6:15 PM

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domingo, março 05, 2006


10 meses do acidente: to com saudade da minha perna!... =(




O dia de ontem foi no mínimo estranho ,apesar de ter começado normal. Minha mão fez um almoço pros meus amigos Chris e Mike e a coisa estranha já foi logo no almoço: comi muito pouco. Quem me conhece sabe que eu como bastante mesmo, sem dó, mas essa desabilidade está quase crônica, já que há mais de uma semana eu como pouco e me encho ou enjôo muito fácil. Até mesmo em churrascaria rodízio que fui semana passada eu comi pouco... e nem ia comer sobremesa...muito estranho,né? Ontem comi um pedacinho pequeno de lasanha e ainda deixei no prato,mas ok...

Depois disso me bateu um cansaço muito grande, tanto que cheguei a dar um chochilo depois de sair com meus amigos. Logo após eu tomei banho ,e durante o banho, além de uma sensibilidade estranha que eu tive à água gelada, outra coisa diferente foi a conversa que tive com minha mãe, onde eu falei pra ela que a pior sensação que eu ando tendo nessa fase é a certeza de que eu continuar sentindo dor, seja daqui a um mês, seja em 10 minutos.. A única certeza que eu tenho é que eu sentirei alguma dor ao fazer um movimento ou outro. O que me conforta é saber que isso não é pra sempre, mas mesmo assim essa dor que vou sentir até a retirada dos pinos é algo instigante mais pela certeza do que vou sofrer até lá. O papo com a minha mãe ficou ainda mais triste, pois apesar de já estarmos chorando, ainda conversamos sobre a morte por eutanásia da minha avó há décadas atrás, em que minha mãe teve que voar urgentemente do Rio pra Recife e ao chegar lá, só conseguiu ficar com ela por mais meia hora, antes dela entrar em coma e então executarem o procedimento...


Depois de tanto desgaste emocional, segui pra lagoa com meus amigos, e aí que as coisas começaram a ficar mais estranhas: pela primeira vez depois do acidente, eu sai da minha casa pela porta dos fundos. O que há de estranho nisso? Minha bicicleta ficava numa grade do corredor da porta de trás. Foi também a primeira vez que eu vi o corredor dos fundos sem minha bike... me senti mal, algo que me remeteu à algo ainda pior . Minha bicicleta está até hoje guardada na casa de uma das testemunhas, que mora perto da área do acidente. Segundo me disseram, a bicicleta está intacta,com exceção da roda traseira,que foi empenada. Na minha última reunião com o advogado, ele pediu pra tirar algumas fotos da bicicleta, o que implicaria em pedir para a testemunha permissão para isso. Quando minha mãe ligou para a testemunha, ele falou que tudo bem, só que era pra a gente retirar a bicicleta de lá e guardar em outro lugar...TÁ AÍ O PROBLEMA!
Gente ,eu não estou preparado ainda pra ver minha bike assim ao vivo, sem dúvida eu vou chorar convulsivamente ao vê-la e por isso mesmo que não quero,mas estão praticamente me forçando! Pra piorar ainda a história, minha mãe agora veio com uma idéia de vender a bicicleta... confesso que não acho uma boa idéia. A começar porque não sei quem compraria uma bicicleta ferrada, até porque acho que minha mãe não vai gastar mais grana pra reformá-la, segundo que eu não sei quem compraria uma bicicleta sabendo que o dono da mesma sofreu um acidente com ela e perdeu a perna, e terceiro que a bicicleta é minha e desde antes eu já tinha um ligação emocional muito grande com ela, era meu único patrimônio real ,meu orgulho. Passei 2 anos customizando-a, ela era perfeita pra mim....e acima de tudo, não sei se vocês sabem ,mas EU PRETENDO VOLTAR A ANDAR DE BICICLETA! Eu só vou me considerar 100% reabilitado quando eu voltar a andar de bike... seja essa minha mesmo ou outra..

Só esse fato de passar pelo lugar onde ficava minha bike já me deixou psicologicamente abalado, mas mesmo assim segui o rumo da lagoa e fomos beber num quiosque de lá e até que foi pouco, apesar de eu ter ficado alto facilmente (detalhe...). Seguimos pra minha casa e logo ao chegar o meu mal estar aumentou, subitamente fiquei muito mal, com problema serio de calor, enjôo, moleza... No que meus amigos foram embora, eu senti eu piorar cada vez mais , uma forte febre me atacou e eu fiquei malzão mesmo, gemendo de dor, mas eu não entendia muito porque... só sei que depois de um tempo olhei minha agenda, e lá eu tive a confirmação: ontem foi o dia que fez 10 meses do acidente... Aquela constatação me deixou ainda mais triste. Chorei muito, feito criança, porque pior que a minha sensação de febre, foi o sentimento de saudade que senti...saudade da minha perna... sei lá, creio que nunca senti tanta saudade assim dela. Eu queria mexer os dedos, abrindo e fechando...senti-la tocando alguma coisa, mas não dava... frustrante isso.
=(


Tempos depois minha mãe conseguiu uns remédios e já a meia-noite eu já estava melhor, mas esse dia ficou marcado como o dia que uma coisa do inconsciente afetou ,mesmo que não intencionalmente, a minha saúde...
 

Postado por Antonio Bordallo às 7:39 AM

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sexta-feira, março 03, 2006


Carnaval enjaulado




" Esse ano, passar o carnaval sem sair de casa acabou sendo interessante pra mim pelas reflexões que acabei por vir a ter. Algumas conceitos que eu havia teorizado foram praticamente por àgua abaixo depois de um momento de maior observação.

O primeiro grande equivoco foi a desculpa que usei pra não me embrenhar em nenhuma aglomeraçao de rua no carnaval desse ano. No fundo era mais o medo de andar numa rua que com espaço já é um Off-Road, e também já acreditava que curtir o show dos Rolling Stones no meio de 1,3 milhão de pessoas já fora o bastante para esse verão. Mesmo assim minha desculpa pra não sair era que ninguém sorri ao ver uma cadeira de rodas de relance, e não queria numa época de tanta alegria remeter a tristeza pra ninguém... A princípio soou até um tanto preconceituosa minha idéia, mas a real é que o receio imaturo de ser aceito por estar numa cadeira de rodas que me proporcionou tal raciocínio. Graças a Deus eu acabei mordendo minha língua: no domingo de carnaval,entre o desfile da Caprichosos e Vila Isabel passa um homem de cadeira de rodas que sozinho consegue levantar o publico mais do que muito carro alegórico... Era ninguém menos que Joaozinho Trinta, que foi ovacionado por toda avenida e,contrariando minha própria tese, eu sorri ao vê-lo! Merecido tributo dado para quem foi um divisor de águas na história do carnaval moderno... quisera eu ter ao menos uma parcela de tanto respaldo!...
=D

Já que os deuses queriam definitivamente extirpar aquela idéia torta da minha cabeça, na terça-feira de Carnaval: as 7e20 ligo a TV e ainda está passando o desfile da Portela quando vejo uma ala de cadeirantes...até aí nada de mais, apenas mais uma boa e sensata alternativa, só que fui observando mais e do nada acabo reconhecendo no meio da ala uma moça que eu conheci e troquei uma idéia no show dos Rolling Stones. Eu já tinha sentido que ela era bem ativa apesar da limitação, mas não esperava tanto. Essa surpresa foi no mínimo estimulante, animadora...isso sem falar no grande exemplo, né? Resumo da ópera: cadeirante também brinca carnaval, eu é que sou um borra-botas...
=)


" Da minha cama ouço bandas e blocos de carnaval passando pela minha janela, mas não posso nem tentar me debruçar na janela pra ver, porque meu status clínico ainda não permite, então finjo uma indiferença forçada, me concentrando mais no videogame, computador ou TV pra tentar superar mais esse desafio, que é ficar sem curtir o carnaval e não se traumatizar por isso. Por causa disso, ocupo minha mente pensando em coisas como:
" quando eu já estiver com a prótese, como serão os meus futuros carnavais? como eu vou curtir? Vou poder de fato"pular" o carnaval? Particularmente o ato de se poder saltar se tornou de extrema obsessão pra mim. Nem faço questão de sambar, pois já não conseguia isso antes, mas ter o poder de ficar por alguns segundos mais alto que o normal é algo que não abro mão...




" Uma das poucas coisas que tem me deixado gratificado nessa época tem sido as orientações turísticas que estou dando aos meus amigos que têm vindo de outros países pra curtir o verão.Há todo um desafio de logística em se guiar um gringo sem estar in loco pra levá-lo. Alie-se ao problema o fato da violência na cidade. As orientações prestadas à uma amiga japonesa que foi sozinha ao Desfile das Escolas de Samba foram dignas de uma preparação pra guerrilha urbana... tudo para, mesmo que à distância, tentar garantir ao máximo a segurança dos turistas...

" parece que pra compensar todo esse martírio contido, Deus resolveu fazer um "milagre de Carnaval", ao ter eliminado as fortes dores ósseas e de inflamações que estive tendo desde a última operação. O único problema é que passou a chamar mais atenção uma dor tão cruel quanto: a chamada "dor de carne", proveniente dos furos até o osso que estão sendo esticados e com isso rasgando até a pele...aiaiai, quando essa dor para?... enfim, é Carnaval e portanto não vou ficar aqui me queixando...

" Esses dias "de molho" em pleno carnaval estão me fazendo tramar várias coisas... Pelo que estou planejando no momento, no carnaval do ano que vem vai ser bem difícil me encontrarem em casa, hein? Aguarde e confiem...
=)

 

Postado por Antonio Bordallo às 3:56 AM

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quinta-feira, março 02, 2006


Adoro essas coincidências...


Acabei de saber que o tema da Campanha da Fraternidade desse ano éalgo que tem muito a ver com essa minha fase

LEVANTA-TE! VEM PARA O MEIO!

É sobre a aceitação dos deficientes em geral. Achei uma coincidência muito oportuna, apesar de eu não ser uma pessoa tão religiosa e tampouco ligada à CNBB, mas achei muito legal essa atitude!

Eu fui lá no site deles e mesmo sem ter lido tudo, vi que eles têm us textos bem legais sobre o assunto, aconselho, se tiver de bob, dar um pulo lá...
O link é aqui.

Novamente sobre o lema desse ano, se levantar eu devo fazer mais cedo ou mais tarde, mas ir pro meio eu posso dizer que já fiz, já que me meti bem no meio daquela multidão do show dos Rolling Stones, né?

VÔ PRO MEIO
=)
 

Postado por Antonio Bordallo às 9:46 AM

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Fotinhos do "último capítulo da novela"


Já que fiquei tanto tmepo sem postar nada, vou compensar colocando também algumas fotos do show dos Rolling Stones. Não esperem muito porque é uma camera de celular, mas até que deu um resultado legalzinho sim,heheh...=)


um dia antes do show,no quiosque moderno que tme bem perto do palco,logo ao fundo... dando uma passada pra dar uma sacada no ambiente...

eu e meu amigo Chris pouco antes de sair de casa. Realemtne não sabiamos o que podia acontecer, mas estávamos indo!


Depois de 1 hora, finalmente cheguei!Tive que tirar essa foto como se fosse um troféu,né?
Outros camaradas cadeirantes nessa area que ,como vcs agora podem ver, era realmente VIP.


...por outro lado outras pessoas se viravam como podiam...


Festinha com direito a avioes acrobáticos...


...e a um Zepelim também...


Zeca Camargo também participou da festa... estava bem ao lado recebendo o "carinho" do público...alguns carinhos passaram voando bem perto dele...


começa o show! agora seja o que Deus quiser...

e o palco também vai a frente...




e depois de tanta coisa legal, uma boca com a lingua pra fora, de despedida...

=P

=D


















 

Postado por Antonio Bordallo às 8:45 AM

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O Final da novela Rolling Stones




Levou quase 1 mês, mas finalmente acabou tudo bem. Confesso que muitas vezes fiquei receoso com alguma eventual confusão que fosse difícil se livrar na hora,mas graças a Deus não houve nada.

Resolvi sair daqui cedo , com meu amigo Chris, umas 17hs... e por incrivel que pareça, levei apenas 1 hora pra chegar ao local combinado. Não sem antes passar por algumas aventuras.
À medida que nos aproximávamos do palco a densidade de gente aumentava, até níveis subhumanos de apertamento, então imaginem como eu me sentia... Só consegui me sair bem de tudo isso graças à um bombeiro que decidiu me ajudar à chegar lá. Com muita paciencia, cautela e cordialidade ele foi conseguindo o que parecia impossível, que era abrir caminho em meio àquele monte de gente suada. Tive até a ajuda extra de um outro civil que, alterado já àquela hora, fez a linha "bêbado bom samaritano" e de tão empolgado em empurrar minha cadeira na multidão, tive que ir segurando constantemente o freio pra não ir atropelando gente que não tem nada a ver pelo caminho...

Destaco mais uma vez a boa vontade do bombeiro, já que antes de recorrer à ele, procurei antes por guardas municipais e policiais militares, que por sua vez usaram
alguma desculpa pra não me ajudarem da forma que eu precisava...

Um dos detalhes que simplesmente fez meu dia foi durante minha ida pro show. Em meio a inúmeros ambulantes, um deles que passei direto gritou "ei, écom você mesmo", e quando vi era um rapaz nos seus vinte e poucos anos se equilibrando entre duas muletas que estava lá vendendo umas bandanas dos Rolling Stones pra faturar um qualquer. Ele me ofereceu uma, mas eu recusei, até porque eu não ia usar mesmo, mas ele frisou " pode levar, é um presente pra você". Depois dessa não tive mais excusas e peguei a bandana. Aquele simples gesto significou muito pra mim. A atitude daquele cara, não por ter me dado a bandana, mas por estar lá de pé e batalhando, mesmo que equilibrado entre um par de muletas e usando um suporte pra manter o joelho estendido em cada perna. Mais que o presente, o que deixou me deixou realmente feliz foi o exemplo que ele me deu com tudo isso.

Depois de muito calor e aperto, chegamos à àrea especial. Realmente ela superou minhas espectativas, pois era uma area bem localizada,dava pra ver direitinho o palco, por não ser tão longe dele, além de elevada e espaçosa, o que conferia um status de àrea VIP, dado o aperto que víamos tão próximos do mesmo local.

A àrea especial ficava ao lado da torre de iluminação e amplificação mais próxima da calçada, o mesmo local de onde o Zeca Camargo estava fazendo a transmissão pra Globo. Esse mesmo Zeca que teve que aguentar uns coros de "ÔZeca...viado...", ainda teve que sofrer com a ameaça de garrafinhas e latinhas atiradas contra ele enquanto este estava de costas pro público trabalhando. Pela seriedade da forma que alguns selvagens jogavam os artefatos essa brincadeira não teve a menor graça. Chamar de viado atéque vai,faz parte do "entretenimento popular", agora tacar latinha e et cetera é ser muito espírito de porco mesmo...

Atrás dessa area especial onde estava, havia ainda outro "loteamento", que eram os quiosques modernos, onde podia ser coasiderado uma verdadeira àrea VIP, pois tinha de tudo: altas e fortes grades de isolamento, seguranças de terno, crachás pra todos convidados, bebidas e comidas servidos por garçons bem arrumados... tinha praticamente tudo, menos uma simples coisa: a VISTA PRO PALCO. E porque? Porque além dessa area VIP estar no nivel do chão, a area onde eu estava era justo NA FRENTE deles e com mais de 1,5m de altura!
Ser VIP é bom, mas nem sempre é tudo...

Do show, nem tenho muito o que falar, já que o mesmo já foi tão reportado pela imprensa. Apenas senti falta de alguns hits que eu não deixaria de fora, como "Love is strong", "Angie", "Paint it black", "Under my thumb" e "Sex drive", mas tudo bem. Tocar de graça na minha vizinhança já foi muita coisa, tocar o que eu quero que eles toquem já é demais...

A volta do show foi um caso a parte, já que eu já estava contando com uma eventual demora pra rumar em direção à minha casa e por isso esperamos mais ou menos 1h pra a densidade demográfica do local diminuir a ponto de ser transitável pra um cadeirante. Nesse meio tempo acabei finalmente trocando uma idéia com o pessoal que dividia com a gente o espaço, e conheci gente bem legal por lá. Tanto cadeirantes que vieram de Minas, Paraná e até da Suíça, como também praticantes de esportes paraolímpicos diversos (de tênis a até mesmo rugby!), o que me fez ver que muita coisa ainda é possivel.
Tempos mais tarde me aventurei a voltar pra casa, num ambiente onde a multidão já não era o maior problema, mas sim o chão com um sem-tamanho de entulho espalhado,fora o misto de areia suja e àgua que se encontrava por toda orla.


Uma coisa que ainda não entendo é se este show teria mesmo espaço para deficientes ou isso passou a ser considerado mesmo depois do meu apelo. Se for a segunda opção, já digo de antemão que me sentiria simplesmente lisongeado e feliz por ter ajudado mais pessoas, mas já que creio que seja a opção n°1, passo a pensar que isso tudo foi um lance de muita sorte, pois não tenho notícia de outro mega show na praia que tenha projetado algo semelhante, ao menos no Brasil, por isso acho que foi muita sorte e espero que mais e mais eventos se tornem accessíveis

O mais legal de tudo isso foi ver que essa empreitada no qual me dediquei surgiu de uma simples aposta que fiz comigo mesmo, quc era ver se eu conseguiria ou não garantir um acesso pra cadeirantes apenas enchendo o saco da organização. Mesmo quando as coisas pareciam incertas, a poucos dias do show eu dizia que no fundo eu nem sabia se queria mesmo ir ao show, até porque eu nem sou tão fanático por Rolling Stones assim,
o que eu queria mesmo era garantir o acessso para simplesmente poder ter o direito de escolher entre ir ou não ir ao show independente de ter ou não acesso, como qualquer pessoa "normal" faz. Em resumo, eu fiz isso tudo mais pelo direito de escolha do que pelo direito de ir e vir, até porque mal ou bem já tem muita gente se dedicando à este segundo.
 

Postado por Antonio Bordallo às 7:58 AM

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E A NOVELA ROLLING STONES ENTRA NOS ÚLTIMOS CAPÍTULOS...




Demorou, foi difícil, mas creio que já está tomando forma a questão da acessibiliade no show dos Rolling Stones. Não escrevi mais aqui porque além do meu computador não estar uma maravilha, eu estava também cheio de informações imprecisas, de gente mandando eu aguardar eles ligarem e na hora nada... Depois de tanta procrastinação acabei dando um ultimato onde, se não obtivesse resposta até ontem a noite(no caso, dia 15/2), hoje cedo (dia 16) a imprensa estaria ciente do problema. Diante de uma ligação incisiva e com a condição acima imposta, obtive una resposta que, se não definitiva, ao menos rápida e prática. Me informaram que para acessar a àrea reservada será necessário mesmo solicitar a ajuda de guardas municipais ou policiais no local e aconselharam também a chegar cedo pra não só garantir o lugar na tal àrea reservada como para evitar maiores aglomerações no acesso. O horário aconselhado pra chegar? Entre 15 pras 18h e 18hs...demasiado cedo prum show que deve começar 4hs depois,né?

Enfim, o importante é que consegui... A moça com quem falei ontem no telefone também me aconselhou a dar um pulo na área do show pra eu ter noção de onde as coisas vão estar localizadas, coisa que fiz prontamente ontem mesmo. Chegando lá notei que não tinha nenhuma área parecida com o que haviam me dito, então comecei a ir perguntando pessoa por pessoa até chegar a algum responsável pela produção até que de relance eu vejo passando a dona Ana Maria Maia, que já foi presidente da RioTur (pra quem não é do Rio, esse é o nome do Departamento de Turismo da cidade) e no momento está engajada na produção desse evento. Não hesitei e fui perguntar diretamente à ela, que informou que a area especial vai ser do lado da torre de controle mais próxima da calçada e ressaltou o fato de chegar cedo...

Bom, agora vocês que vão ao show já sabem onde me encontrar, né?
Bom show a todos que vão, aos que não vão, acompanhem pela TV porque valerá a pena...
Depois do show eu concluo a "novela" contando como tudo rolou, ok?
=)
 

Postado por Antonio Bordallo às 7:56 AM

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UMA SATISFAÇÃOZINHA


Bem, gente. Muitos de vocês devem ter sentido uma certa ausência minha nas últimas semanas não somente aqui no blog, mas também no Fotolog, no MSN e no Orkut ( onde até hoje es tou pra responder todos os scraps que recebi de aniversário...). Isso se deve à vários fatores. Um deles é que andei por um período com uma certa "aversão" a computador, um certo enjôo dessa maquina que é até compreensivo de alguém que está há tantos anos usando direto o "ordenador"... Além dessa tal aversão ainda tem o fator de que nesse mês estou mais frequente láo hospital (HTO),o que me deixa ainda mais afastado de qualquer outra forma de sociabilidade. Finalmente nessa semana comecei a fisioterapia, que vou fazer toda 2a e 4a... Devido à isso, semana que vem terei uma rotina diferente, já que passarei no HTO de 2a a 5a, já que nos dias que não terei fisioterapia, terei ortopedista e anestesiologia(conhecido como Clínica da Dor)...
Pra completar meu estado de ostracismo amplo, geral e irrestrito, meu computador está problemático há pelo menos 1 semana. Já reinstalel o Windows umas 8 vezes e até agora não consegui resolver meus problemas...

Enfim, agora vocês já tem noção porque ando tão sumido...
 

Postado por Antonio Bordallo às 7:50 AM

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