aproveitando a segunda chance

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terça-feira, janeiro 30, 2007


VINTE E SETE


E chega o 31 de Janeiro. Uma data que eu esperava ansiosamente todos os anos de minha infância e adolescência, e que depois de tal período eu evito de qualquer forma: o meu aniversário.

Pode parecer coisa de gente vaidosa essa história de não gostar tanto de aniversário, mas talvez seja uma certa Síndrome de Dorian Gray* , uma variação adulta da Síndrome de Peter Pan. Em vez de não querer crescer, eu só não quero envelhecer. Ta bem que , como no romance de Oscar Wilde, seria até constrangedor eu ver meus amigos de mesma idade ficando cada vez mais decrépitos (palavra forte,né?) e eu continuar com a pele sem nenhuma ruga... ah, mas se o problema de envelhecer fossem apenas rugas...

Minha teoria sobre o nosso crescimento (e talvez a melhor explicação pra eu antigamente esperar pelo aniversario e hoje em dia fugir dele) é que até os vinte e um anos, mais ou menos, nós vamos ,ano a ano conquistando alguma coisa a mais, seja de ordem física ou social, e depois desse período nós passamos, ano a ano, a perder alguma coisinha... seja perdendo alguma liberdade (como a de sair pra um monte de baladas), seja alguma coisinha de ordem física que só notaremos quando ela estiver acumulada, lá pros nosso 30, 40 anos... (que pode ser justo não agüentar mais o ritmo de tantas baladas...). Devemos admitir que somos sim uma máquina que vai envelhecendo e se autodestruindo pouco a pouco, e que talvez um dos nossos desafios nessa vida é justo encontrar uma forma de fazermos tal maquina durar cada vez mais e em bom funcionamento. Talvez isso explique porque então vejo a data de aniversário como uma coisinha chata, mas que todos nós temos que passar pelo menos uma vez ao ano...

O meu caso é um pouco diferente, claro. Nesses quase dois anos, desde o acidente, eu tive um amadurecimento forçado, que em alguns aspectos me fez passar a enxergar a vida como se tivesse 40 anos. A parte boa é que continuo com o corpinho e a vitalidade dos meus 20 anos, e a parte ruim é que no pacote também veio a instabilidade econômica de quem tem seus 20 e poucos anos... mas tudo bem, nada pode ser perfeito,né?

Pensando melhor aqui nesse aniversário, é o segundo ano que completo nessa “nova era”, onde os desafios são bem maiores, mesmo tendo a simplicidade de dar um mero passo à frente. Lembro bem que há um ano a grande alegria do dia foi quando eu fiquei em pé com o andador pela primeira vez... 

talvez hoje o dia prometa algo de tanta significação quanto isso,né? Minha amiga Silvia de Souza me escreveu ontem um scrap com uma frase que me deixou a pensar bastante:

“QUE VOCÊ DESCUBRA QUE NADA MUDOU, VOCÊ SÓ TEVE QUE COMEÇAR DE NOVO...”

È... e então pra eu reconquistar tudo do zero, vou ter que correr bastante atrás.. já to fazendo por onde. A temporada de semear já começou. O trabalho é duro, tem me gerado quase um esgotamento físico - e talvez até por isso mesmo que esse ano nem planejei direito o que fazer no meu aniversario ...não to nem com tempo direito pra pensar nisso... - mas o simples fato de ser eu mesmo quem está fazendo esse trabalho de semear, já é uma gratificação, um estímulo enorme pra eu continuar o trabalho...

Enfim, hoje completo 27 anos... de 27 pra 30 é um pulo. De 30 pra 40 é também outro pulo. O “pulo-do-gato” vai ser eu descobrir como é a melhor forma de aproveitar essa vida, que Deus ainda me permitiu viver, durante todos esses pulos...
=)


*= síndrome de não querer envelhecer, baseado no personagem principal do livro “O Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde Posted by Picasa
 

Postado por Antonio Bordallo às 6:16 PM

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VINTE E SETE


E chega o 31 de Janeiro. Uma data que eu esperava ansiosamente todos os anos de minha infância e adolescência, e que depois de tal período eu evito de qualquer forma: o meu aniversário.

Pode parecer coisa de gente vaidosa essa história de não gostar tanto de aniversário, mas talvez seja uma certa Síndrome de Dorian Gray* , uma variação adulta da Síndrome de Peter Pan. Em vez de não querer crescer, eu só não quero envelhecer. Ta bem que , como no romance de Oscar Wilde, seria até constrangedor eu ver meus amigos de mesma idade ficando cada vez mais decrépitos (palavra forte,né?) e eu continuar com a pele sem nenhuma ruga... ah, mas se o problema de envelhecer fossem apenas rugas...

Minha teoria sobre o nosso crescimento (e talvez a melhor explicação pra eu antigamente esperar pelo aniversario e hoje em dia fugir dele) é que até os vinte e um anos, mais ou menos, nós vamos ,ano a ano conquistando alguma coisa a mais, seja de ordem física ou social, e depois desse período nós passamos, ano a ano, a perder alguma coisinha... seja perdendo alguma liberdade (como a de sair pra um monte de baladas), seja alguma coisinha de ordem física que só notaremos quando ela estiver acumulada, lá pros nosso 30, 40 anos... (que pode ser justo não agüentar mais o ritmo de tantas baladas...). Devemos admitir que somos sim uma máquina que vai envelhecendo e se autodestruindo pouco a pouco, e que talvez um dos nossos desafios nessa vida é justo encontrar uma forma de fazermos tal maquina durar cada vez mais e em bom funcionamento. Talvez isso explique porque então vejo a data de aniversário como uma coisinha chata, mas que todos nós temos que passar pelo menos uma vez ao ano...

O meu caso é um pouco diferente, claro. Nesses quase dois anos, desde o acidente, eu tive um amadurecimento forçado, que em alguns aspectos me fez passar a enxergar a vida como se tivesse 40 anos. A parte boa é que continuo com o corpinho e a vitalidade dos meus 20 anos, e a parte ruim é que no pacote também veio a instabilidade econômica de quem tem seus 20 e poucos anos... mas tudo bem, nada pode ser perfeito,né?

Pensando melhor aqui nesse aniversário, é o segundo ano que completo nessa “nova era”, onde os desafios são bem maiores, mesmo tendo a simplicidade de dar um mero passo à frente. Lembro bem que há um ano a grande alegria do dia foi quando eu fiquei em pé com o andador pela primeira vez...

talvez hoje o dia prometa algo de tanta significação quanto isso,né? Minha amiga Silvia de Souza me escreveu ontem um scrap com uma frase que me deixou a pensar bastante:

“QUE VOCÊ DESCUBRA QUE NADA MUDOU, VOCÊ SÓ TEVE QUE COMEÇAR DE NOVO...”

È... e então pra eu reconquistar tudo do zero, vou ter que correr bastante atrás.. já to fazendo por onde. A temporada de semear já começou. O trabalho é duro, tem me gerado quase um esgotamento físico -  e talvez até por isso mesmo que esse ano nem planejei fazer tanta coisa no meu naiversario ...não to nem com tempo direito pra pensar nisso... - mas o simples fato de ser eu mesmo quem está fazendo esse trabalho de semear, já é uma gratificação, um estímulo enorme pra eu continuar o trabalho...

Enfim, hoje completo 27 anos... de 27 pra 30 é um pulo. De 30 pra 40 é também outro pulo. O “pulo-do-gato” vai ser eu descobrir como é a melhor forma de aproveitar essa vida, que Deus ainda me permitiu viver, durante todos esses pulos...
=)


*= síndrome de não querer envelhecer, baseado no personagem principal do livro “O Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde
 

Postado por Antonio Bordallo às 5:44 PM

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Corpo Fechado


Não sei se todos sabem, mas fiquei ao menos as duas ultimas semanas sem poder usar o computador, pois o mesmo quebrou e tive que praticamente comprar um novo (se contarmos as peças que comprei nos últimos 3 meses...). Em função disso fiquei muito tempo sem postar nada aqui, mas isso não quer dizer que não tenha ocorrido absolutamente nada. Relatei um dos fatos que considero mais importantes nessa crônica que começa logo abaixo, e que foi escrita no dia 19 de janeiro:


Muito se discute até hoje sobre as pessoas ditas de corpo fechado.Eu particularmente não entendo nem mesmo a definição exata de o que é ser uma pessoa de corpo fechado, mas em termos práticos, hoje é por isso que comemoro.

Finalmente hoje, dia 19 de janeiro de 2007, depois de 625 dias, posso dizer que, como todos vocês(a exceção daqueles que cortaram o dedo hoje com a faca da cozinha), eu voltei a ter meu corpo fechado!
Como assim? Bem, no dia 4 de maio de 2005 um ônibus abriu meu corpo numa das piores formas que se pode abrir ...depois disso , passaram-se meses até todas as feridas cicatrizarem efetivamente (algumas delas estão se regenerando até hoje), mas mesmo assim havia alguns acessos abertos, que eram onde os parafusos ficavam furados, pois mesmo a área sendo bem limpa e seca, havia alguns milímetros abertos ao redor... pois bem, já vai fazer quase um mês que me tiraram os parafusos das pernas e então, mesmo que lentamente finalmente chegou o dia em que meu corpo não dispõe de nenhuma ferida aberta, e por isso posso dizer que tô de volta com o corpo fechado.

Isso pode parecer que não é algo tão significativo, mas vocês já imaginaram como que é ficar quase dois anos com uma ferida que não fecha? Fora que isso também implica em outros inconvenientes... eu não podia entrar em piscina... me molhar com água da praia? Nem pensar. ...e fora que uma abertura dessas, se eu não fosse muito higiênico, seria um porta aberta para infecções... tudo isso sem contar que qualquer ferida , pela sua própria natureza é algo nojento,né? Imagina carregar todos esses inconvenientes por tanto tempo?

De volta às discussões sobre corpo fechado, semanas atrás andei debatendo com uma amiga sobre o que é ser uma pessoa com o tal corpo fechado. Segundo minha amiga, é todo aquele que mesmo ferido, consegue sobreviver (mais conhecido como VASO RUIM, que não quebra...), considerando assim eu como uma pessoa de corpo fechado... Já eu penso com outra lógica...se o corpo da pessoa é fechado, porque que alguma coisa (um ônibus, no meu caso) conseguiu abri-lo todinho? E tendo a mim como exemplo, não somente abriu, como arrancou um pedaço fora...portanto não me sinto como uma pessoa de corpo fechado.

Enfim, pouco importa. O importante mesmo é que ao menos o que sobrou do meu corpo no momento voltou a ser fechado, e que continue assim por mais décadas e décadas....
=)
 

Postado por Antonio Bordallo às 3:47 PM

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segunda-feira, janeiro 01, 2007


...e 2007 chega


O dia da festa de Reveillon chegou e nada melhor que uma data dessas pra comprovar mais uma evolução. Dessa vez não foi algo tão enorme, mas na situação que me encontro, o simples fato de agora poder esticar a meia todinha na minha perna (coisa que eu não fazia antes porque um parafuso limitava) já é motivo pra comemoração pessoal.

Dessa vez a grande evolução foi em relação de onde que eu passei o reveillon, pois ano passado, com um medo óbvio, acabei passando a festa da virada de 2005 pra 2006 em casa, vendo refletidos no prédio em frente as cores dos fogos que estouravam na praia e seus respectivos estrondos... Ontem não, já que estou mais safo com minha cadeira de rodas nas ruas, decidi tentar passar na praia mesmo, como todo bom cidadão de Copacabana...

Fomos eu, minha mãe, sobrinha e meu amigo Chris. Pra ele, que não é daqui, aquele mar de gente de branco rumando par ao mesmo lugar lembrou a peregrinação dos muçulmanos à Mecca, hehehe... De fato achei que fosse estar mais cheio, já vi multidões bem maiores, mas a chuva chata e ao terror impostos pelos ataques dos traficantes nos últimos dias deve ter feito muita gente pensar duas vezes antes de ir pra lá... isso sem falar que Ipanema estava com uma festa muito mais incrementada, e por isso atraiu mais gente... Enfim, o que importa é que consegui transitar até que muito bem pela multidão e consegui até escolher um ponto bem do legalzinho pra ver, que foi um deck avançado na areia dos novos quiosques que ainda nem foram inaugurados. Ressalto que pelo menos outros dois cadeirantes tiveram a mesma idéia, pois era um posto avançado, seguro e com uma certa exclusividade...

Meia noite chegou, os fogos estouraram, e o prosecco também... Fiquei lá com os meus vendo os fogos sentadinho e curtindo a espumante bebida... A chuva não parou de cair, mas já cheguei a ver chuvas que atrapalharam mais a minha vida (no centro da cidade, inclusive...), e então deu pra curtir legal o momento, pensar nas grandes realizações que terão de acontecer esse ano... Depois de uns 40 minutos curtindo as evoluções pirotecnicas, resolvi dar um passeio com o Chris , pra ver pessoas, de repente encontrar algum conhecido... e essa parte foi algo que realmente me decepcionou. Normalmente, sempre que passava o Reveillon em Copacabana, invariavelmente eu encontrava pelo menos meia dúzia de conhecidos, seja gente que mora na área mesmo, seja a galera que veio de outros bairros... mas dessa vez não encontrei uma conhecida alma... pra não dizer que não encontrei ninguém, avistei amigo dos tempos de colégio (que não vou dizer o nome) passando meio ao largo... fiquei meio triste com isso. Não com o fato dele não ter me visto. Acho que o fato de estar de cadeira de rodas realmente me faz ser menos visto, se comparados com meus antigos 1,83m, mas po... fiquei triste. Queria encontrar gente, trocar idéia... enfim.

Segui andando com meu amigo até mais ou menos a altura da Help (uma boite para gringos solteiros...), mas nem lá estava tão animado. Já que eu estava me locomovendo usando apenas a força do braço, naquela altura eu já tinha me desgastado um tanto... ir pra Ipanema pra mim seria perfeito, pois tava rolando show do Sergio Mendes, Black Eyed Peas (que realmente é muito pop pra mim, mas fiquei curioso) e ainda ia rolar show do Infected Mushroom, e faltar a esse show sim me fez sentir que estava perdendo grande coisa...enfim, não deu pra ir.

Segui o caminho da volta, e pelo menos deu pra curtir o passeio, já que estava “vazio” o suficiente pra ver as pessoas comemorando, dançando na rua... e eu também tava bastante feliz, foi a primeira noite de Reveillon que curti na rua desde meu acidente, e a minha felicidade por mais esse gostinho de liberdade me fez seguir meu caminho sempre sorridente...
=)
Não sei se meu pensamento está errado ou não, mas por um momento senti que sorrir, ser feliz quando se tem duas pernas parece até ser fácil... ao menos suspeitei que a maioria das pessoas que estavam lá andando, pulando , comemorando, não estariam com metade de meu sorriso se tivessem que naquele momento se locomover numa cadeira de rodas... me senti forte por um momento... como se meu sorriso valesse mais do que um sorriso fácil ( porém não ilegítimo) deles...

O som estava sendo transmitido por várias caixas de som ao longo da orla, e todos curtindo as músicas , mas foram os primeiros versos de uma música que me fez sentir algo diferente:

“A MINHA ALMA TÁ ARMADA E APONTADA PARA A CARA DO SOSSEGO...”

Nessa hora senti um arrepio e com isso surgiu a sensação da presença de quem faltava nesse festa, e que eu tava mesmo com saudade: a minha perna direita... O legal é que tal arrepio que me fez senti-la de volta durou bastante, até mais ou menos eu voltar pra casa. Foi como se ela estivesse também dando um passeiozinho comigo naquela festa de ano-novo, e ela bem que merecia...
=..)

Pra finalizar então publico a letra da música “A minha alma” do Rappa, eu talvez queira dizer alguma coisa sobre esse ano novo pra mim:

“A minha alma tá armada e apontada para cara do sossego,
pois paz sem voz,
paz sem voz
não e paz é medo

Às vezes eu falo com a vida,
às vezes é ela quem diz
qual a paz que eu não quero conservar pra tentar ser feliz
Às vezes eu falo com a vida,
às vezes é ela quem diz
qual a paz que eu não quero conservar pra tentar ser feliz


As grades do condomínio são pra trazer proteção,
mas também trazem a dúvida se não é você que ta nessa prisão.
Me abrace, e me de um beijo,
faça um filho comigo,
mas não me deixe sentar na poltrona num dia de domingo.
Procurando novas drogas de aluguel
neste vídeo coagido,
é pela paz que eu não quero seguir admitindo.”



Bom, desejo a vocês um ano tão bom como esse que eu tenho certeza que vai ser pra mim.

=)


Abaixo, algumas fotos ...








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Postado por Antonio Bordallo às 1:21 PM

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