sexta-feira, janeiro 20, 2006
ESTADO ATUAL
Agora fui submetido à uma operação para a troca do fixador externo que só segurava a perna por outro, de alongamento ósseo chamado Orthofix , que irá recalcificar os 8cms de perda óssea na tíbia. Já que o ritimo da recalcificação é de 1mm por dia, o processo levará uns 80 dias, mas só começará daqui a 10 dias pois é necessário se criar um calo ósseo antes de tudo começar.
Passado os 90 dias a história da tíbia ainda não acabou, depois disso será necessário outra intervenção cirúrgica, dessa vez para enxertar um pedacinho de osso do quadril na área de contato final com o osso que vai ser encostado no final. Aí então, para consolidar esse enxerto e a recalcificação ainda será necessário manter o fixador por mais uns 80 dias...
Muito se comentou entre os médicos que com esses novos fixadores eu poderia jáapoiar o pé no chão, e assim então andar com uma perna e apoio de muletas, mas infelizmente ainda não vai ser dessa vez. Isso ocorre porque de fato eu posso e devo apoiar meu pé no chão para exercitar, mas andar mesmo com muleta eu só poderia se ainda tivesse a outra perna. Já que com isso eu não posso contar, vou ter que agüentar mais um tempo, talvez 6 meses até esse sonho acontecer. Nem fiquei decepcionado com isso. Até porque ao menos agora eu vejo que as coisas estão realmente tendo uma evolução. E ao menos eu sinto que meu organismo não está parado. Vocês então me ajudam a fazer essa contagem regressiva até o grande dia,ok?
=)
SOBRE O COTO
Agora finalmente se iniciará a preparação do coto para se colocar a prótese. Fisioterapeutas e fisiatras vão cuidar de fortalecer e ''moldar'' o resto da perna amputada para se encaixar numa prótese sem problemas.
O primeiro passo será preparar o coto para a prótese, e isso levará 3 meses. Depois de preparado, passarei a aprender a utilizar a prótese, e esse processo levará mais 3 meses. Ainda não estádefinido aonde exatamente farei todo esse processo. Estão cogitados o HTO mesmo, a ABBR ou um terceiro hospital a se considerar, levando em conta o serviço, as condições de acesso (ambulância, etc...) e a burocracia pra se conseguir vaga.
O modelo de prótese, segundo meu conhecimento até agora, é o mesmo, independente de onde farei a reabilitação, já que o fornecedor da prótese é o SUS. Deve ser um modelo bem básico, já que segundo uma fonte, o modelo éuma copia simplificada de uma prótese alemã mais ou menos... Só sei que o meu ideal no momento é ter 3 tipos de próteses diferentes, como uma amiga minha, variando a funcionalidade de cada uma. Uma delas seria para atividades de maior utilização da força do joelho, uma segunda para utilizar em ambiente aquático (como piscina, praia, e mesmo pra surfar!) e a terceira seria para utilização em longas caminhadas (a minha tão sonhada C-Leg).
Pelo que soube, não adianta eu começar usando a melhor prótese de primeira pois essas são mais complexas e então precisam de maior experiencia, portanto, tem que se começar com os modelos mais básicos para ir evoluindo gradativamente de modelo.
Vale ressaltar que esse ideal de próteses que mencionei são apenas em tese, já que na prática algumas delas devem ser de preço bem elevado e por isso só devem estar ao meu alcance quando (e se) ganhar a causa na justiça contra a empresa do ônibus que me atropelou, o que deve demorar anos...
Postado por
Antonio Bordallo
às 4:48 PM
0 já escreveram
