aproveitando a segunda chance

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sábado, janeiro 30, 2010


De repente...30!!!


É, gente... parece que foi ontem que eu era apenas um muleque, e agora to aqui, completando exatamente três décadas de existência. É estranho que, por mais que me olhe no espelho, não consigo me enxergar como um cara, quase um senhor , de 30 anos...

Na década que nasci (80’s), o pessoal de 30 anos já era considerado relativamente velho, e por isso talvez que não consigo desvencilhar essa imagem de um “velho” que curta as coisas que eram de gente jovem (e mesmo crianças somente) naquela época, como videogames e coisas do gênero. E aí já não sei se sou um jovem senhor, um rapaz de 30 anos (que à medida que o tempo for passando, vai acabar virando um eufemismo) ou o que diabos sou.

Posso dizer que, a primeira vez que eu senti essa minha idade pesar foi quando, ao falar com a responsável de uma equipe de remo essa semana, ela perguntou minha idade e , pra não dar uma de gato, respondi ... e acabou resultando num sonoro “TRIIIINTA anos...”, que ficou ainda ecoando no telefone... Talvez seja pra eu me convencer que não sou mais uma criança, e nem mais um “jovem”...

Independente do caso, 30 anos é um marco na nossa vida, pra começar que antigamente marcava praticamente a metade da vida média de um ser humano, mas que já hoje marca praticamente um terço da vida média , se tiver sorte, claro... Além disso, ao completar 30, me sinto, antes que tudo, contrariando a estatística, se levarmos em conta que sou um rapaz de classe baixa que não fez parte de nenhum índice de mortalidade, tanto infantil como a de jovens , estando exposto a toda essa violência urbana e os perigos das drogas lícitas e ilícitas. Somente das estatísticas dos acidentes de trânsito que não consegui escapar, infelizmente. Apesar desse capítulo ruim, posso me vangloriar pelo menos de antes dos 30 , já fazer parte de uma pequena porcentagem nacional com nível superior completo. Não deixa de ser uma vitoria, né?

O fato é que, dos 25 pra cá, os anos foram totalmente o contrario do que imaginava. Numa pessoa normal, dos 25 aos 30 anos ela é uma pessoa recém-formada, começando sua carreira,e já tem seu sustento, o que permite aproveitar varias coisas boas que a vida de adulto jovem permite. Pois bem, isso eu não tive em minha vida. Talvez isso que eu sinta real falta, e luto pra não ser um complexado, mas mesmo assim não deixa de ser duro encarar essa situação. Em contrapartida, a crise dos 30 anos , no meu caso, sinto que apareceu antes dos próprios 30. Talvez foi o próprio acidente que sofri que me amadureceu a ponto de ter sofrido essa crise com alguns anos de antecedência - e talvez mental e emocionalmente eu já seja um senhor de 40!(???)

Quanto à minha condição física, pros que não sabem, ainda estou num suposto limbo, no que se refere à minha recuperação, e por isso até agora nada está definido. De fato, já evolui muito mesmo,mas pra poder andar com prótese e ter uma real autonomia e conforto, parece que terei ainda muito à percorrer. No momento estou esperando a consulta com os ortopedistas em março pra ver se é possível fazer alguma cirurgia na minha perna pra eu recuperar alguns movimentos, principalmente do tornozelo e dos pés, já que , na condição atual, não é possível eu andar na rua com prótese sem estar na constante iminência de cair, e muito menos sem suar em bicas...

O futuro pra mim não foi nada como imaginava ou tinha planejado, mas não paro pra refletir sobre isso todos os dias, como sendo um fardo que diariamente eu carregasse. Prefiro encarar como , esse período pós acidente fosse uma prorrogação que o juiz (Deus) apitou, e por isso tenho a obrigação de dar tudo de mim pra, mesmo que nos pênaltis, saia com a vitória. E como já fizeram todas as substituições, não posso deixar o campo enquanto a autoridade máxima der o apito final...

Mas, francamente, uma coisa que realmente me espanta muito nessa vida atual que levo é notar que aquela criançada toda que sujava fraldas enquanto eu curtia adolescência (ouvindo heavy metal, skate rock e hip hop) cresceu e hoje em dia conversa com a gente de igual pra igual, mas sem possuir as referências clássicas que a geração anos 80 possui. Claro que isso é um sinal natural dos tempos (e de que tô velho), mas... como assim eles não viram os programas do Bozo e do Balão Mágico? Biro Biro no Corinthians, Zico no Flamengo... Não presenciaram os áureos anos do rock brasileiro, com direito a Rock in Rio? Como assim eles nunca destruíram um controle de Atari ao jogar Decathlon? Sinto uma certa dó dessa geração que deve ter como referência de heróis, em vez de Jaspion e Changeman, os enlatados Power Rangers...

Uma coisa que realmente não dá muito pra entender desses tempos modernos é que, cada vez mais ouvimos todos dizerem que o tempo anda muito mais rápido que o normal. Agora não sabemos se é a vida corrida que nos dá essa falsa noção ou se realmente as partículas atômicas que determinam o tempo estão mais aceleradas mesmo, e não passamos de meros reféns delas...

Partindo desse pressuposto, creio que lá pra idos de 1995 que os anos começaram a passar um pouco mais rápido. Considerando que o tempo anda passando duas vezes mais rápido, posso levar em conta então que não envelheci 15 anos desde então, mas 7 anos e meio. Sendo assim, eu ainda to com 22 anos e meio agora. Por favor voltem em janeiro de 2010 pra me desejarem feliz 23 anos, tá?

;-)


[abaixo, a foto do mais novo "gatão de meia idade", minutos após completar 30 anos...]



 

Postado por Antonio Bordallo às 5:16 PM

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