aproveitando a segunda chance

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quarta-feira, março 15, 2006


Minha Bicicleta: mais perto de mim... (e isso não é bom...)


Mais um dia estranho em menos de uma semana, já ta na hora de me acostumar com isso...

Já não bastasse o sacrifício que foi a fisioterapia hoje... estou segurando ao máximo minha dor pra não ficar sendo visto como fresco ou cricri, mas mesmo assim tá difícil... Na real estou fazendo isso mais pra agradar a fisiatra e a fisioterapeuta do que a mim mesmo. Não me sinto apto no momento a mexer, exercitar o que já está tão dolorido... mesmo assim essa pressão que eles fazem sobre mim é pro meu próprio bem, mas não sabia que o meu bem doía tanto...

Alie a isso o fato de eu ter sido devolvido pela ambulância em casa às 18:30... estava na sala de espera sozinho, o hospital já estava até “fechado”... sentimento de abando e desespero...estar só num lugar que normalmente é lotado é desesperador...imaginen vocês como deve ser estar sozinho dentro da estação Central do Brasil...
Pra completar, acabo passando pela segunda vez no túnel onde me acidentei. Dessa vez não tive uma crise convulsiva de choro como da primeira, mas foi impossível conter as lágrimas... de fato quando passo pelo túnel, é por muito pouco tempo, e tampouco muita coisa, já que as janelas da ambulância só permitem ver 3 frisos nítidos, mas o problema é que eu SINTO estar dentro do local que mudou minha vida...


Ao chegar em casa, não tinha nem acabado de me recompor, depois de um dia tão desgastante, recebo uma notícia desconcertante. O filho da testemunha que guardou a minha bicicleta veio a devolver...
Não estava preparado de nenhuma forma. Minha mãe desceu pra receber a bicicleta e guardar... Só lembro que quando a revi já estava em prantos como há muito tempo não havia visto. Creio que foi porque agora sim ela “sentiu” o impacto q eu sofri, refletido na bicicleta. Não pude ter outra atitude a tomar que não fosse ligar para minha amiga Rejane, que se voluntarizou a guardar a bicicleta na garagem de seu prédio. Falei pouco com ela, passei direto à minha mãe pra ver ser ela conseguia conter melhor minha mãe, o que graças a Deus conseguiu, só que só vai poder vir aqui buscar na sexta.
O que vale a pena citar sobre o momento que vi minha mãe chorando foi a minha reação. Eu estava no quarto da minha sobrinha. Quando soube que minha “companheira de acidente” estava a poucos metros de mim, eu travei: não conseguia sair do quarto. Estava com medo de sair e fitar os olhos nela à distancia mesmo que sem querer, como se ela estivesse na sala, esperando a mim. Só saí do quarto uns 15 minutos depois, ao perguntar onde estava a bicicleta, e minha mãe disse que guardou no corredor dos fundos. Seria muito chocante para mim ver o objeto que eu mais gostava ferido como eu no mesmo acidente. Minha bicicleta fazia parte do meu corpo, era a extensão móvel dele...e no momento do acidente, fomos separados por um ônibus dirigido por um estressado inconsequente... Vê-la agora seria como ver ao vivo minha feridas expostas, com a diferença de que as minhas depois desse tempo já fecharam , a bicicleta não cura suas feridas...

Um impasse que foi gerado foi sobre como guardá-la aqui no prédio. Normalmente ela fica grudada na grade da escada, mas para isso seria necessário um cadeado. Já que não fazemos idéia onde esteja a chave (que estava comigo durante o acidente, mas depois...) , a única saída foi deixá-la assim mesmo por lá...e rezar que não haja nenhum espírito de porco que tenha a capacidade de levar uma bicicleta em estado de perda total ou parcial... até porque ela no estado que se encontra é de valor crucial para o processo...


...e assim acaba mais um dia que seria muito bem vindo se não tivesse existido...ao menos não assim todo de uma vez...
 

Postado por Antonio Bordallo às 6:47 PM

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