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terça-feira, agosto 22, 2006


Dor não tem preço, nem pra seguradora


Um dia esperado, mas com uma decepção inesperada. Isso foi o que senti há poucos dias, quando recebi em casa um telegrama avisando que o dinheiro do seguro DPVAT (que todos temos direito, se formos vitimas de qualquer acidente automobilístico) tinha sido finalmente liberado pra mim, depois de longos 15 meses...

O que eu não esperava era que eu fosse receber apenas 70% do preço máximo que eles se propõem a pagar. Não estou aqui me queixando da quantia, até porque é uma certa ajuda sim, mesmo que a perda da minha perna não tenha dinheiro que pague, mas eu me senti um tanto ultrajado com esse critério que eles adotaram pra determinar o valor do seguro que tenho direito.

Segundo eles, eu teria direito a 100% do seguro se eu tivesse tido um invalidez permanente. Graças a Deus não foi esse o caso, mas esse cálculo deles não conta com uma coisa que, infelizmente, não me permite deixar de considerar: a dor que sinto.

Entendo que o cadeirante por lesão cervical não teve a sorte que tive e não tem a chance de um dia, depois de muito esforço, volta a andar. Mas em compensação a dor que eu tive que passar até hoje pra sentir um mínimo de evolução é tão grande que eu simplesmente não posso ignorar. Está bem que até hoje não conseguiram criar um medidor de dores, mas daí ignorar sumariamente esse “pormenor” na hora de determinar o prêmio de um seguro, eu acho de uma insensibilidade tremenda. Um cadeirante, ou mesmo um bi-amputado, sofre um problema grave, em conseqüência algumas dores, mas que com o tempo isso passa. No meu caso isso não acontece, já que nesses 475 dias desde meu acidente, não houve um sequer, que eu não tenha sentido algum tipo de dor, comigo a dor ainda não passou. Isso não conta?

Se eu fosse um carinha bem vingativo, rogaria uma praga pro infeliz que determinou esse desconto de 30% do valor total do meu seguro, pra ele passar essa noite com uma baita dor de barriga, pra ele ver como que “sentir dor não é algo pra ser levado em consideração”...

Nessas horas é que eu fico bastante chateado em saber que um dos tipos mais perturbadores de dor, que deve ser a que o moço da seguradora pode estar sentindo, não causa dor alguma: a DOR DE CONSCIÊNCIA.
 

Postado por Antonio Bordallo às 1:50 PM

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