aproveitando a segunda chance

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quinta-feira, março 23, 2006


...no geral to bem...e vc?




Essa ta sendo a minha resposta atualmente quando perguntam como estou. Falando assim parece meio vago, e até meio falso da minha parte, mas é assim ao menos como eu quero passar ultimamente...
Mas devo confessar que as coisas não estão fáceis não.
Estou numa diferente fase da minha vida. Algo que valoriza mais o autoconhecimento. A revalorização de coisas simples e próximas , em detrimento ao distante e sonhador...
Sinto que a internet não está tão legal como era antes, o MSN não tem a mesma graça...e talvez o problema esteja comigo mesmo.
Decidi que é melhor eu me dedicar à uns livros que estão há um tempo em minha fila de espera. Preciso ler pra aliar ao meu conhecimento de causa, um conhecimento mais amplo, baseado na experiência de terceiros, para então escrever algo que seja de fato a minha cara. Conhece mais a ti e conheceras também aos outros.

Olho ao meu redor e vejo que o primeiro erro está no ambiente em que passo 90% do meu tempo. Se ele está desarrumado e eu tenho tempo de arrumá-lo, porque não fazê-lo? Com a desculpa de ser "um homem ocupado" até vai, mas passando tanto tempo em casa, há de haver tempo pra isso, né? É claro que é uma das atividades que pouco me agradam, mas cheguei a um ponto de entender que é isso que tem que ser feito, e portanto o estou fazendo. Meti na minha mente que Roma não foi feita em um só dia e portanto, meu quarto também não vai ser arrumado em 24horas. Por isso aliei-me à "homeopatia organizacional" para ver as coisas serem feitas... e graças a Deus eu vejo meu quarto sendo posto em ordem, como uma planta que lentamente, sem pressa, vai desdobrando suas folhas...
Outra coisa que finalmente dei inicio foi o ensino de inglês à minha mãe e minha sobrinha. Não tá sendo fácil, mas pô... quem que aprendeu inglês e nas primeiras lições já saiu falando com aquele sotaque puxando o R, né? Pra eu ter o nível q tenho , já são uns 14 anos estudando, pois ainda hoje estudo, né?

Amigos, uns estão sempre aí, outros desapareceram e não os culpo. A vida hoje em dia está cada vez mais difícil e corrida, é preciso se dedicar ao maximo, e por isso eu sei que, mesmo não estando presentes nem em ligações de celular, todos eles estão torcendo por mim.
Continuo levando "bolo" de amigos que dizem que vão vir e não aparecem por uma razão ou outra. Os eximo da culpa como os já citados, sendo que esses últimos pelo menos têm a intenção de vir, mas a vida não ajuda tanto... Antigamente eu ficava puto da vida de todo mundo furar comigo, mas hoje em dia nem me preocupo... não é desdém, simplesmente entendo que eles têm suas tarefas, bem assim como eu também as tenho, mesmo que minha tarefa seja estar em repouso me recuperando ou resolvendo mais uma das milhares de pendências... um bolo não é mais um bolo, é um "tempo livre" que subitamente caiu no meu colo, um "tempo vago" como nos dias de colégio, onde a gente simplesmente pensa vida e em como melhor passar o tempo nesse limbo... por isso passei a dar mais valor ao tempo, por cada 15 minutos que eu posso ficar de bobeira, apenas respirando e ficando de bobeira, pois a bem da verdade, eu não conseguia isso nem mesmo depois do acidente. Eu, como todos já sabem, era um homem corrido, que não admitia ficar ' de bobeira", ocioso nenhum instante, tanto que minha maior aflição logo depois do acidente foi ficar tanto tempo parado, era muita crueldade com a minha "natureza corrida"... e por isso danava de me ocupar mais e mais. Agora não. Cheguei à noção de que um tempo passado mesmo que de bobeira é um tempo que eu ganho pra poder me "desligar do mundo" e, no ritmo que vivemos, isso tem peso de ouro...

O que todos devem estar perguntando no momento é: " e a perna?" ,eu não comentei nada sobre ela até agora. Foi melhor assim, minha perna não chega a ¼ do meu corpo e parece que as pessoas as vezes só se interessam nela. Até agradeço muito a preocupação com tal região do meu corpo, mas antes dela vem minha cabeça, por pra perna funcionar também é necessário esta, da qual falei até então...

Minha perna está numa fase crítica. Não critica a risco de perdê-la como antes,mas numa fase de provações, onde dessa vez vou ter que provar mais força e resistência do que perseverança. O músculo da minha perna sofreu um encurtamento que não permite mais minha perna esticar se não houver uma câibra descomunal. Mesmo sendo esta descomunal, eu TENHO que esticá-la, do contrario ela atrofia e encurta mais e mais. No início relutei a fazer tal exercício da fisioterapia que tanto me torturava, mas depois de , em razão de minha relutância, ter brigado com meio hospital, resolvi esticar assim mesmo, mesmo que doa, doa tanto que eu já tenha desenvolvido um dispositivo próprio que tenta "ignorar a dor" por mais forte que esta seja. Agora eu consigo esticá-la por um tempo, mas no final eu chego a ficar com falta de ar e quase desmaio...mas FAÇO!
Não é culpa da fisioterapeuta essa minha dor, a eximo dessa culpa agora mesmo, faz parte do tratamento e se eu não fizer o músculo da minha perna vai encurtar ainda mais... mesmo assim eu digo: ultimamente me sinto como tivesse que sofrer uma grande dor com hora marcada...


Não achando bastante, nas ultimas semanas vim sentindo de fato a dor do esticamento da carne e da pele, gradualmente, de 0,25mm a 0,25mm... e esse pouquinho se transformou em 5 centimetros... tudo isso a base de muito estica-e-rasga de pele e carne...dores que quando já estão cessando, são esticadas mais um pouquinho e volta a doer...estou tão "acostumado" com a dor que depois que passar tudo isso nem sei como vou me sentir, sem dor alguma...(pareço uma velha hipocondríaca falando isso,mas enfim, sem drama...apenas ironia)
Esse ultimo domingo foi ainda pior, pois tive uma dor muito forte numa região logo acima do calcanhar, perto de onde estão mais dois parafusos. Eu não havia sentido dor lá até então, e essa dor foi tão súbita e cruel q cheguei a chorar como criança...
É, gente. Tem horas que não da pra agüentar mais , e apenas me lembro da injustiça que sofri... que a estupidez e o simples stress momentâneo de uma pessoa há 10 meses atrás conseguiu fazer com que eu sofresse tudo isso até hoje... mais um exemplo do efeito borboleta*...

O que eu aprendi e quero passar à vocês com tudo isso?
VIVER É UM ATO DE MUITA RESPONSABILIDADE.

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*= Efeito Borboleta é a linguagem figurada da Teoria do Caos, que reza que o simples bater de asas de uma borboleta em um lugar pode gerar um tufão no outro lado do mundo...




 

Postado por Antonio Bordallo às 9:06 PM

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